↞ sℓyτнєriท ⵢ Harry Potter↠『3』

Capítulo 3

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Lucida e Harry foram para o quarto, mandaram cartas para Rony, Hermione e Sirius, esperando que na manhã seguinte eles acordassem com planos para sair da casa dos Durleys e irem para a Toca.

Mas Edwiges não regressou na manhã seguinte. Lucida e Harry passaram o dia no quarto, saindo apenas para irem ao banheiro. Lucida agora estava usando uma calça jeans e uma blusa de Harry.

Três vezes naquele dia,Petúnia empurrou comida para dentro do quarto pela aba que Válter instalara três verões passados. Todas as vezes que Lucida a ouvia se aproximar, tentava interrogá-la sobre o berrador, mas teria sido melhor interrogar a maçaneta, porque não obtinha resposta alguma.
Afora isso, os Dursley se mantiveram bem longe do quarto de Harry. Lucida não via sentido em impor a eles
sua companhia; mais uma briga não resolveria nada, exceto, talvez, deixá-la tão aborrecida que acabaria
apelando para a magia proibida.

As coisas continuaram nesse ritmo durante três dias inteiros. Lucida sentia-se invadida por uma energia
excessiva que a impedia de se concentrar em qualquer coisa, momentos em que caminhava pelo quarto furiosa com todo o mundo, por deixarem-na remoendo seus problemas sozinha com Harry; essa energia se alternava com uma letargia tão absoluta que era capaz de ficar deitada na cama uma hora inteira, olhando atordoada para o teto.

Na quarta noite depois da partida de Edwiges, a garota estava deitada em uma de suas fases de apatia,
mirando o teto, a mente exausta e vazia, Harry não se atrevia a falar com a garota quando ela estava assim, da primeira vez que tentou, ele quase levou um soco no meio da cara.

Quando Válter entrou no quarto, Lucida virou lentamente a cabeça
e olhou para ele. Válter estava usando seu melhor terno e tinha uma expressão de enorme presunção.

– Vamos sair – anunciou.

– Como disse? - perguntou Harry

– Nós, isto é, sua tia, Duda e eu, vamos sair.

– Ótimo – respondeu Lucida inexpressivamente, voltando a mirar o teto.

– Vocês não deveram sair do quarto enquanto estivermos fora.

– O.k. - disse Harry

– Vocês não deveram ligar a televisão, nem o som, nem nada que nos pertence.

– Certo. - disse Lucida

– Vocês não deveram roubar comida da geladeira.

– O.k. - disse Harry

– Vou trancar a porta.

– Pode trancar. - disse Lucida

Válter encarou os garotos, abertamente desconfiado dessa falta de oposição, em seguida saiu pisando forte e fechou a porta ao passar.

Lucida ouviu a chave girar na fechadura e os passos do tio descerem pesadamente a escada. Alguns minutos depois, ouviu as portas do carro baterem, o ruído de um motor e o som inconfundível de um carro deixando rapidamente a entrada da garagem.

Lucida ficou indiferente à saída dos Dursley. Tanto fazia os eles estarem ou não em casa. Não conseguia
sequer dirigir suas energias para se levantar e acender a luz. O quarto ia escurecendo depressa, mas ela e Harry continuavam deitados, apurando os ouvidos para escutar os ruídos da noite pela janela que mantinham o tempo todo aberta, esperando o momento abençoado em que Edwiges voltaria.

A casa vazia rangia por inteiro. Os canos de água gargarejavam. Lucida permaneceu nessa espécie de
estupor, sem pensar em nada, imersa em infelicidade.