Capítulo 31

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↞ Slytherin part.1. Capítulo 31 ↠

Era a sala, eles a haviam encontrado: da altura de uma catedral, contendo apenas estantes elevadas e cobertas de pequenas esferas de vidro cheias de pó. Elas bruxuleavam fracamente à luz dos candelabros presos a intervalos ao longo das estantes. Como os da sala circular que haviam deixado para trás, suas chamas eram azuis. A sala era muito fria.
Lucida avançou cautelosamente e espiou por um dos corredores sombrios entre duas fileiras de
estantes. Não ouviu nada nem viu o menor sinal de movimento.

– Você disse que era no corredor noventa e sete – cochichou Hermione.

– É – murmurou Lucida, erguendo a cabeça para examinar a fileira mais próxima. Sob o candelabro de
chamas azuis, que dela se destacava, via-se o número cinquenta e três em prata.

– Precisamos ir para a direita, acho – sussurrou Hermione, apertando os olhos para enxergar a fileira seguinte. – É... essa é a cinquenta e quatro...

– Mantenham as varinhas preparadas – recomendou Lucida baixinho.

Eles seguiram devagarzinho, olhando para trás enquanto percorriam os longos corredores de estantes, cuja parte final estava imersa em quase total escuridão. Minúsculas etiquetas amareladas estavam coladas sob cada esfera de vidro nas prateleiras. Algumas possuíam um estranho brilho líquido; outras eram opacas e escuras por dentro como lâmpadas queimadas.

Passaram pela fileira oitenta e quatro... oitenta e cinco... Lucida procurava escutar o menor movimento, mas Amélia poderia estar amordaçada agora, ou até inconsciente... ou, disse uma voz intrometida em sua cabeça, poderia já estar morta...
Eu teria sentido, disse a si mesma, seu coração agora batendo acelerado, eu saberia...

– Noventa e sete! – sussurrou Hermione.

Os garotos pararam agrupados no fim de uma fileira, espiando para o corredor ao lado. Não havia
ninguém ali.

– Ela está bem no final – disse Lucida, cuja boca ficara ligeiramente seca. – Não se consegue ver direito daqui.

E Lucida os conduziu entre as estantes muito altas com as esferas de vidro, algumas das quais refulgiam
suavemente quando eles passaram...

– Ela deve estar perto – sussurrou Lucida, convencida de que cada passo iria trazer a visão de Amélia em farrapos no chão escuro. – Em algum lugar por aqui... muito perto...

– Lucida! – disse Hermione, hesitante, mas ele não quis responder. Sua boca estava muito seca.

– Em algum lugar por... aqui...

Haviam chegado ao fim do corredor e saíram para a claridade fraca das velas. Não havia ninguém ali.Tudo era um silêncio ressonante e empoeirado.

– Ela poderia estar... – sussurrou Lucida, rouco, espiando para o próximo corredor. – Ou talvez... – E
correu a olhar o corredor além.

– Lucida? – tornou a chamar Hermione.

– Quê? – vociferou ela.

– Eu... eu acho que Amélia não está aqui.

Ninguém falou. Lucida não quis olhar para ninguém. Sentiu-se nauseada. Não entendia por que Amélia não estava ali. Tinha de estar. Fora ali que ela, Lucida, a vira...

Ela percorreu o espaço no final das fileiras de estantes, espiando cada um. Um corredor após outro passou pelos seus olhos, vazios. Correu no sentido oposto, e tornou a passar pelos companheiros que o observavam. Não havia sinal de Amélia ou Sirius em parte alguma, nem qualquer vestígio de luta.

↞ sℓyτнєriท ⵢ Harry Potter↠『3』Where stories live. Discover now