Capítulo 9

3K 225 232
                                    

↞ Slytherin part.1. Capítulo 9 ↠

Lucida não quis contar aos outros que Ela, Harry e Luna estavam tendo o mesmo tipo de alucinação, se é que era o caso, por isso não voltou a mencionar os cavalos quando se sentou na carruagem e bateu a porta. Ainda assim, ela não conseguiu evitar olhar pela vidraça as silhuetas dos animais do lado de fora.

– Todo mundo viu a tal Grubbly-Plank? – perguntou Gina. – Que é que ela está fazendo aqui de novo?
Hagrid não pode ter ido embora, pode?

– Eu vou ficar bem satisfeita se ele tiver ido, ele não é um professor muito bom, é? – disse Luna.

– É, sim! – exclamaram Lucida, Harry, Rony e Gina, zangados.

Lucida lançou um olhar incisivo a Hermione. Ela pigarreou e disse depressa:

– Hum... é... ele é muito bom.

– Bom, lá na Corvinal achamos que ele é uma piada – respondeu Luna, sem se surpreender.

– Então vocês têm um senso de humor bem idiota – retorquiu Rony, no momento em que as rodas rangeram, entrando em movimento.
Luna não pareceu se perturbar com a grosseria de Rony; muito ao contrário, mirou-o durante algum
tempo, como se ele fosse um programa de televisão levemente interessante.

Balançando com estrondo, as carruagens avançaram em comboio até a estrada. Quando cruzaram os
altos pilares de pedra com os javalis alados, que ladeavam o portão para os terrenos da escola, Lucida se
inclinou para a frente tentando ver se havia luzes na cabana de Hagrid junto à Floresta Proibida, mas os terrenos estavam na mais completa escuridão. O castelo de Hogwarts, porém, se aproximava cada vez mais: um conjunto altaneiro de torreões, muito negro, recortado contra o céu escuro, em que resplandecia, alaranjada, aqui e ali, uma janela no alto.
As carruagens pararam, tilintando, perto da escadaria de pedra que levava às portas de carvalho, e
Lucida foi o primeira a descer. Virou-se novamente para procurar janelas iluminadas na orla da floresta,
mas decididamente não havia sinal de vida na cabana de Hagrid. Com relutância, porque alimentara uma
esperançazinha de que tivessem desaparecido, a garota se virou para os bichos estranhos e esqueléticos
parados e quietos no ar frio da noite, em que refulgiam seus olhos brancos e vazios.

– Você vem com a gente ou não? – perguntou Rony ao seu lado.

– Ah, estou indo – disse Lucida, depressa, e se juntou ao grande número de alunos que subiam rapidamente as escadas para entrar no castelo.

O saguão flamejava à luz dos archotes, ecoando os passos dos que atravessavam o piso de lajotas em
direção às portas duplas, à direita, que davam acesso ao Salão Principal e ao banquete de abertura do ano letivo.
As quatro mesas compridas dispostas no salão foram se enchendo sob um céu escuro sem estrelas, que era exatamente igual ao céu que podia ser visto pelas altas janelas do aposento. As velas flutuavam à meia altura ao longo das mesas, iluminando os fantasmas prateados que pontilhavam o salão e os rostos
dos alunos que conversavam, pressurosos, trocando notícias sobre as férias, cumprimentando os colegas das outras casas, aos gritos, observando os cortes de cabelo e as vestes uns dos outros. Mais uma vez,
Lucida reparou nas pessoas que juntavam as cabeças para cochichar quando ela passava; trincou os dentes e tentou agir como se não visse tampouco se importasse.
Luna se separou deles ao passarem pela mesa da Corvinal. Quando Lucida chegou a mesa da Sonserina se despediu de Harry, Rony, Hermione, Gina e Neville e se dirigiu indo se sentar entre Pansy e Dapnhe.

↞ sℓyτнєriท ⵢ Harry Potter↠『3』Where stories live. Discover now