Capítulo 21

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↞ Slytherin part.1 ⵢ Capítulo 21 ↠

Monstro, acabou-se sabendo, andara escondido no sótão. Sirius contou que o encontrara lá em cima, coberto de pó, sem dúvida procurando mais relíquias da família Black para esconder em seu armário.
Embora Sirius parecesse satisfeito com essa história, Lucida se sentiu inquieta. Monstro parecia estar
mais bem-humorado quando reapareceu, seus resmungos azedos tinham diminuído bastante e passara a obedecer às ordens mais docilmente do que de costume, embora uma ou duas vezes Lucida o tivesse
surpreendido encarando-a com avidez, mas sempre desviando rapidamente o olhar quando via que a garota percebera.
Lucida não mencionou suas vagas suspeitas a Sirius, cuja alegria começara a evaporar muito
rapidamente agora que passara o Natal. À medida que se aproximava o dia da partida dos garotos a
Hogwarts, ele foi se tornando mais inclinado ao que a Sra. Weasley chamava de "macambuzice", quando
ficava taciturno e resmungão e muitas vezes se retirava para o quarto de Bicuço durante horas. Sua
tristeza infiltrava-se na casa, por baixo das portas, como um gás venenoso, e infectando a todos.
Lucida não queria deixar Sirius outra vez apenas em companhia de Monstro; de fato, pela primeira vez
na vida, não estava contando os dias que faltavam para regressar a Hogwarts. Voltar à escola significava
colocar-se mais uma vez sob a tirania de Dolores Umbridge, que, sem dúvida, conseguira passar à força
mais uma dúzia de decretos na ausência dos garotos; não havia partidas de quadribol pelas quais ansiar, agora que fora expulsa; havia toda a probabilidade de que a carga de deveres de casa aumentasse à
medida que os exames se aproximavam; e Dumbledore continuava distante como sempre. De fato, se não fosse pela AD, Lucida achava que teria suplicado a Sirius e Amélia para deixá-la abandonar Hogwarts e continuar no largo Grimmauld.

Então, no último dia de férias, aconteceu uma coisa que fez Lucida positivamente temer o regresso à
escola.

- Lucida, querida - disse a Sra. Weasley, metendo a cabeça no quarto novo, onde Jorge e Lucida estavam jogando xadrez de bruxo observados por Harry, Rony, Hermione, Gina, Esmeralda e Bichento -, pode vir à
cozinha? O Prof. Snape quer dar uma palavrinha com você.

Lucida não registrou imediatamente o que ouvira; uma de suas torres estava travando uma violenta
batalha com um peão de Jorge, e ela o incentivava com entusiasmo.

- Achata ele... achata ele, é só um peão, seu idiota. Desculpe, Sra. Weasley, que foi que a senhora
disse?

- O Prof. Snape, querida. Na cozinha. Gostaria de lhe falar.

O queixo de Lucida caiu. Olhou para Jorge, Harry, Rony, Hermione e Gina, todos igualmente boquiabertos para ela. Bichento, a quem Hermione vinha contendo com dificuldade nos últimos quinze minutos, saltou alegremente sobre o tabuleiro fazendo as peças correrem a se proteger, guinchando a plenos pulmões, Esmeralda olhava para Lucida com seus olhos esmeralda arregalados como se entendesse oque aquilo significava, e Lucida não duvidava nada que ela realmente soubesse.

- Snape? - repetiu Lucida sem entender.

- Professor Snape, querida - corrigiu a Sra. Weasley. - Vamos logo,depressa, ele diz que não pode se demorar.

- Que é que ele quer com você? - indagou Harry, parecendo nervoso quando a Sra. Weasley se retirou
do quarto. - Você não fez nada, fez?

- Não! - retrucou Lucida indignada, vasculhando os miolos para tentar lembrar o que poderia ter feito
que levasse Snape a segui-la até o largo Grimmauld. Será que o seu último dever merecera um "I"?, Pouco possível, pensou, eu sou a melhor da turma dele, não tenho me dedicado muito ultimamente, mas eu melhorei.

Um minuto e pouco depois, ela empurrou a porta da cozinha e encontrou Sirius e Snape sentados à
longa mesa do aposento, olhando em direções opostas. O silêncio entre os dois estava carregado de mútua intolerância. Havia uma carta aberta sobre a mesa diante de Sirius.

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