Capítulo 8

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Ꭰʀᴀᴄᴏ Mᴀʟғᴏʏ❁

↞ Slytherin part.2. Capítulo 8 ↠

Onde estava Dumbledore e o que andava fazendo? Nas semanas seguintes, Lucida avistou o diretor
apenas duas vezes. Agora era raro ele comparecer às refeições, e Lucida acreditou que Hermione tivera razão ao afirmar que Dumbledore se ausentava da escola por vários dias de cada vez. Será que ele se
esquecera das aulas que Lucida esperava que desse? Dumbledore dissera que as aulas teriam uma ligação com a profecia; Lucida se sentira mais confiante, reconfortada, mas agora se sentia posta de lado.

Em meados de outubro, aconteceu o primeiro passeio do trimestre a Hogsmeade. Lucida se perguntara
se ainda seriam permitidos, dadas as medidas cada vez mais rigorosas em torno da escola, e ficou contente em saber que continuariam; era sempre bom sair dos terrenos do castelo por algumas horas. Ela mandou uma carta a Jorge o avisando quando seria o próximo passeio e marcando o local a onde se encontrar.

Lucida acordou cedo no dia do passeio, que amanhecera tempestuoso, e matou o tempo até a hora do café da manhã lendo o seu pergaminho onde tinha anotado as informações do livro de poções. Não tinha o hábito de ficar na cama lendo coisas escolares; tal comportamento, dizia Daphne com toda a razão, seria indecoroso em qualquer pessoa exceto Hermione, que era mesmo esquisita. Lucida, porém, tinha a sensação de que as anotações do Príncipe Mestiço não era bem coisas escolares. Quanto mais o lia, mais se conscientizava da quantidade de informações que havia ali; não
somente dicas providenciais e atalhos para o preparo de poções que lhe conquistavam uma reputação tão
brilhante com Slughorn, como também pequenos feitiços e azarações anotadas à margem que Lucida tinha certeza, a julgar pelos cortes e revisões, o próprio Príncipe inventara.
Lucida já tentara realizar alguns desses feitiços inventados. Havia um que fazia as unhas do pé crescerem com assustadora rapidez (experimentara esse em Zacarias Smith, quando ele passara no corredor, com resultados divertidos); outro que colava a língua no céu da boca (usara duas vezes, sob aplausos gerais, no incauto Filch); e, talvez, o mais útil deles, o Abaffiato, um feitiço que invadia os ouvidos de quem estivesse próximo com um zumbido indefinível, permitindo que se pudesse conversar longamente em aula sem ser ouvido. A única pessoa que não achava graça em nada disso era Hermione, que fazia uma cara de
rígida desaprovação durante as demonstrações e se recusava sequer a falar quando Lucida e Harry – que tinha o livro original – usavam o
Abaffiato em alguém por perto.

Lucida sentou-se na cama e virou o livro de lado para poder examinar mais atentamente as anotações referentes a um feitiço que parecia ter dado trabalho ao Príncipe. Havia muitos cortes e alterações, mas,
finalmente, espremido em um canto da página, ela encontrou o rabisco:
Levicorpus (n vbl)

Enquanto o vento e o granizo martelavam incessantemente as janelas e Pansy dormia dando fortes roncos, Lucida fitava as letras entre parênteses. N vbl... isso tinha de significar não verbal. Lucida não duvidava que pudesse executá-lo; não encontrava dificuldade com feitiços não verbais, coisa que Snape se apressava em comentar a cada aula de DCAT. Em compensação, o Príncipe tinha se mostrado um professor mais eficiente do que Snape fora até aquele momento.

Apontando a varinha a esmo, Lucida fez um curto gesto para o alto e disse mentalmente: Levicorpus!

– Aaaaaaaarre!

Houve um lampejo e o quarto se encheu de vozes: todos acordaram com o berro de Pansy. Em pânico,
Lucida varejou longe as anotações sobre Estudos avançados no preparo de poções; Pansy estava pendurada no ar de cabeça para baixo, como se tivesse sido guindada pelo tornozelo por um gancho invisível.

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