Capítulo 19

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↞ Slytherin part.1. Capítulo 19 ↠

Lucida ficou tão aliviada que ela a tivesse levado a sério que nem hesitou, saltou do sofá imediatamente, vestiu o roupão emprestado de Rony e repôs os óculos no nariz.

– Weasley, venha você também – disse a Profa McGonagall.

Eles passaram com a professora pelas figuras silenciosas de Neville, Dino e Simas, saíram do dormitório,eu desceram a escada em espiral até a sala comunal, atravessaram o buraco do retrato e foram pelo corredor da Mulher Gorda iluminado pelo luar. Lucida sentiu que o pânico em seu estômago extravasaria a qualquer momento; queria correr, gritar por Dumbledore; o Sr. Weasley estava sangrando enquanto eles percorriam calmamente o corredor, e se aquelas presas (Lucida fez força para não pensar em “minhas presas”) contivessem veneno? Passaram por Madame Nor-r-ra, que virou seus olhos de holofote para eles e bufou levemente, mas a Profa McGonagall disse “Xô”, e a gata se enfurnou nas
sombras, e poucos minutos depois chegavam à gárgula de pedra que guardava a entrada dos aposentos de
Dumbledore.

Delícia Gasosa – disse a professora.
A gárgula ganhou vida e saltou para o lado; a parede atrás se dividiu em duas e revelou uma escada de pedra que se movia continuamente para o alto, como uma escada rolante em espiral. Os quatro subiram; a porta se fechou com um baque surdo e eles subiram em círculos fechados até alcançar uma porta de carvalho excepcionalmente lustrosa com uma maçaneta de latão em forma de grifo.

Embora passasse muito da meia-noite, ouviam-se vozes no interior da sala, uma verdadeira babel. Parecia que Dumbledore estava recebendo no mínimo umas doze pessoas.
A Profa McGonagall bateu três vezes com a aldrava em forma de grifo e as vozes cessaram abruptamente como se alguém as tivesse desligado. A porta se abriu sozinha e a professora entrou com Lucida, Harry e Rony.
A sala estava mergulhada em sombras; os estranhos instrumentos sobre as mesas estavam silenciosos e
imóveis em vez de zumbir e expelir baforadas de fumaça como habitualmente faziam; os antigos diretores e diretoras nos retratos que cobriam as paredes dormiam contidos em suas molduras. Atrás da porta, um magnífico pássaro vermelho e dourado do tamanho de um cisne cochilava no poleiro com a cabeça sob uma das asas.

– Ah, é a senhora, Profa McGonagall... e... ah.

Dumbledore estava sentado em uma cadeira de espaldar alto, à escrivaninha; inclinou-se para o
círculo de luz das velas que iluminavam os papéis à sua frente. Usava um magnífico roupão bordado em púrpura e dourado sobre uma camisa de dormir muito branca, mas parecia bem acordado, seus penetrantes olhos azuis fixavam atentamente a professora.

– Prof. Dumbledore, Black teve um... bom, um pesadelo – começou McGonagall. – Ela diz que...

– Não foi um pesadelo – completou Lucida depressa.

A professora olhou para Lucida, franzindo ligeiramente a testa.

– Muito bem, então, Black, conte ao Prof. Dumbledore.

– Eu... bom, eu estava dormindo... – disse Lucida e, mesmo em seu desespero de fazer Dumbledore
compreender, sentia-se levemente irritado que o diretor não olhasse para ele, mas examinasse os
próprios dedos entrelaçados. – Mas não foi um sonho comum... foi real... eu vi acontecer... – Lucida tomou
fôlego. – O pai de Rony, o Sr. Weasley, foi atacado por uma cobra gigantesca.

As palavras pareceram ecoar depois que ela as pronunciou, soando ligeiramente ridículas, até cômicas. Fez-se uma pausa em que Dumbledore se recostou e contemplou o teto, meditativo. Rony olhava de Lucida para Dumbledore, o rosto pálido e chocado.

– Como foi que você viu isso? – perguntou Dumbledore calmamente, ainda sem olhar para Lucida.

– Bom... não sei – disse Lucida, meio zangada; que diferença fazia? – Na minha cabeça, suponho...

↞ sℓyτнєriท ⵢ Harry Potter↠『3』Where stories live. Discover now