Me beijou puxando o meu corpo pra junto.
_ Tenho que ir.
_ Não tem não. Fica comigo pra sempre. Me aceita como seu companheiro. Você sabe que eu preciso de um paraíso _ repetiu minhas palavras.
Me senti tentada em atender ao seu pedido. Hesitei.
_ Como funciona isso de três casamentos?
_ Como você quiser. Cada um em sua casa... cada um em seu quarto _ citou a situação presente _ As estações do ano. De acordo com o seu humor _ sorriu.
_ Vocês fariam mesmo isso? _ ri descrente _ Não se sentem mal, realizando a minha vontade? Onde está o egocentrismo?
_ Você é centro _ me olhou por um instante vendo a minha expressão vazia _ Você nunca amou, não é?
_ Realmente não. O Lui foi o primeiro.
_ Exemplo perfeito. Você abriria mão de todo o prazer que sentiu comigo, por ele. O Lui é o seu centro.
_ O Lui quer que eu fique com vocês três, se ele é o meu centro, porque estou relutante?
_ Por que duvida que ele realmente queira isso.
Pensei nesta frase. Mas sabia que o Lui iria reclamar sobre o Uriel, e até sobre o Will, quando soubesse que ainda não somos companheiros. Que iria enfatizar o quanto eu estava sendo cruel com eles.
_ Não duvido, não. É porque não entendo o amor de vocês _ expliquei.
Will se desconcertou um pouco, tirando uma mecha de cabelo do meu rosto e me encarou de novo.
_ A mística por trás do amor, e que torna este sentimento tão maravilhoso, é que você não tem que entender, Helena. É só aceitar.
Toquei aquele rosto lindo, que me falava algo tão lindo quanto ele. E não aceitar o seu amor era algo desastroso.
_ Meu Deus! Como alguém pode dizer não pra você? _ sorri divertida.
_ Me diz você?
_ Não posso. Queria ser diferente. Eu realmente vou embora. E isso entre nós não vai se repetir.
Will fez uma expressão de dor e me beijou rápido como se só para que eu me calasse, só pra não me ouvir mais. Mas isso mudou quando estava na minha boca. Nos beijávamos envolvidos em carinhos e suspiros de desejo e prazer.
_ William _ gemi o seu nome, quando o senti me penetrar.
_ Helena _ respondeu ofegante.
Will sabia fazer amor como ninguém.
Desta vez, tudo soava á despedida. Tinha um gosto especial, mas com um toque de saudades. Ficamos mais dois dias desejando que a nossa situação não fosse definitiva como parecia.
Fui para o meu quarto. Tomar banho. Gostava da sensação da água sobre a minha pele. Sorri lembrando do Will. De tudo o que aconteceu. De como foi maravilhoso!
_ Helena _ a voz do Lui estava atrás da porta do banheiro.
_ Estou na banheira, amor _ respondi.
Lui me olhou meio preocupado caminhando pra perto da banheira.
_ O que aconteceu entre você e o Will?
_ Eu o magoei. Fui cruel. Mas fizemos as pazes.
_ Ninguém pode ser mais cruel do que aquele que te dá alento.
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Numa Noite Sombria
VampireA voz do estranho era suave e melodiosa, quase tão sedutora quanto o seu corpo e rosto. Me diverti com sua juventude, era jovem em sua aparência! Tão jovem que o seu tom de voz e sua determinação não se encaixavam.