Feita de medos

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Chegamos em um lugar isolado, onde o cenário natural era totalmente confuso. Num momento era plano, e no outro você se deparava com um abismo de rochas. Não era a casa da Mama, como eu imaginava.

Havia um buffet bem farto disposto no meio daquele cenário. Comida e bebida a vontade. Vi o grupo de lobisomens que me cercaram, estavam acompanhados. Muitas mulheres bonitas, mais mulheres do que homens. Mas haviam muito mais meninos do que meninas entre as crianças.

O Chris havia sumido assim que chegamos e eu não via a Mama na alcateia reunida entre conversas e comilanças. Sorri para um menino de uns onze anos que me olhava sério, da mesma forma que o Chris fazia. Me retribuiu o sorriso, mais amistoso do que eu imaginei que faria.

_ Está paquerando o meu filho, Helena? _ a voz do alfa me surpreendeu, mais próxima do que eu gostaria.

Me afastei, disfarçando que me voltava para ele _ É um belo menino, Alexandre _ chamei o nome que ouvi o Chris dizer mais cedo.

_ Sim, e ele tem bom gosto _ seus olhos brilharam naquele olhar sobre mim.

_ E a sua esposa?

_ Ainda não escolhi uma esposa para os próximos sete anos.

Era isso mesmo o que eu estava ouvindo? O alfa podia escolher qualquer uma para desposa-lo por sete anos?

_ É isso mesmo _ respondeu ao meu pensamento _ Você gostaria de ser a próxima esposa do alfa desta alcateia.

Comecei a pensar em muitos palavrões neste momento, precisava de algo para encobrir em meus pensamentos,  o que eu achava do Alexandre, até este momento.

_ Arrogante, prepotente, convencido... estou esquecendo de algo? _ ele enumerou as qualidades que eu havia lhe dado na noite passada, antes que ele me aceitasse como membro do seu grupo.

_ Me desculpe, eu não quis ofender.

_ Não ofendeu. Somos uma família, e famílias trocam farpas, as vezes.

_ Alexandre _ a voz do Christian interrompeu a conversa.

_ Christian _ se entreolharam como que sê se estranhando _ Estava falando com a Helena sobre o meu casamento na primavera. 

_ A Helena não está interessada _ a voz de Christian soou hostil.

_ Precisa de um motivo forte para tal falta de interesse.

_ Ela não é uma das suas cadelinhas, Alexandre. Escolha uma do seu fã-clube.

_ Você não me dá ordens, menino. Não passa de um vira-lata recolhido da sarjeta.

Me meti entre os dois antes que o sangue deles fervesse.

_ Alexandre, eu realmente não posso aceitar. Sem falar, que não faria sentido você se casar comigo. Não posso te dar filhos tão lindos quanto aquele garoto.

Alexandre ponderou, e o fato de eu não poder ter filhos, realmente pesou na sua balança de prós e contra. Ele se afastou de nós. Vi o Christian se servir de Whisky, para se acalmar. Virou o copo de uma vez.

_ Pega leve, Chris _ falei pegando o copo e pondo longe dele _ Qual é o problema? Está tudo bem?

Seu olhar veio para mim, focalizou os meus lábios se aproximando. Ele ia me beijar? 

_ Chris, não faz isso _ o que eu disse o fez recuar _ O que aconteceu com você? Está bêbado?

_ Não, Helena _ soou triste olhando pra baixo e suspirou _ A Mama quer falar com você, vai falar com ela. Eu vou ficar bem.

Numa Noite Sombria Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ