cap. 23 🌆

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Maratona 9/10

P.O.V Carol

estávamos no caminho até a casa de Dani, não era tão longe de casa então em alguns minutos a gente chegou. mandei uma mensagem pra ela após Day buzinar e em alguns instantes vi Dani sair de casa, vindo em direção ao carro.

cumprimentamos ela e Day deu partida no carro pro restaurante que a gente havia marcado por mensagem antes de sairmos de casa.

- a gente deveria sair mais de casa e conhecer pessoas. - comentei, fazendo Day afirmar com a cabeça.

- realmente, a gente só conhece a Dani.

- e eu sou uma ótima companhia ok.- Dani disse, fazendo nós duas rirmos. - mas se vocês quiserem a gente pode marcar com uns amigos meus daqui.

- pra mim você nem tinha amigos.- Day disse recebendo um tapa na cabeça por Dani, que saiu em seguida do carro.

ri da cena antes de sair também, vendo Day sair por último. caminhamos pra dentro do restaurante e sentamos em uma mesa próxima de uma das enormes janelas de vidro, por ter uma vista boa da rua.

<···>

- ah, não. sério? - perguntei pra Dani, incrédula com o que havia escutado.

- muito sério. eu liguei pra um contato meu lá do Brasil, e eles iam adorar ver seu livro.

Day tava sorrindo que nem uma besta, acho que tão feliz quanto eu.

- meu deus! - dei um sorriso me inclinando pra abraçar Dani, de uma forma completamente desajeitada.- obrigada, Dani. de verdade.

- não precisa agradecer.

- eu tô dizendo, seu livro vai ser um sucesso, baby.- Day disse me abraçando também.

- eu nem tô acreditando. mas pra isso eu tenho que terminar ele, não tá tão longe. acho que em uma semana eu consigo.

- então vou marcar com eles em uma semana.- Dani falou se levantando da mesa.- agora.- gesticulou apontando pro próprio celular e saiu pro lado de fora do restaurante.

- eu tô muito feliz por você, meu deus.- Day disse, entrelaçando nossos dedos.

- eu não sei nem o que falar.

Dani  ficou alguns minutos do lado de fora do restaurante, só dava pra ver seu corpo de costas. logo ela voltou pra dentro do local e deu um sorriso pra mim e pra Day.

- pronto, marquei pra terça da semana que vem. você tem uma semana pra terminar tudo, na segunda a gente viaja pro Brasil.- Dani falou, guardando o celular.

- eu vou pedir a conta pra gente ir pra casa.- Day falou, chamando um dos garçons.

- obrigada de novo, Dani. você não sabe o quanto eu tô feliz por isso.

- já disse que não precisa agradecer, Carolzinha.

<···>

c

omo Dani ia dormir aqui hoje, fomos todas pra casa. assim que chegamos, vimos a porta aberta.

- gente, quem foi que deixou a porta aberta? -perguntei, estranhando porque Day saiu depois de mim, e ela nunca deixava a porta aberta.

- ué, eu saí por último.- Day disse e suas sombrancelhas se juntaram.- eu tranquei a porta.

olhei pra Day, que me olhou também é Dani apenas observava tudo.

- Dani, chama a polícia.- Day pediu.- vamos ficar aqui, até eles chegarem.

afirmei com a cabeça, e lembrei do meu notebook, sentindo um frio percorrer todo meu corpo. se alguém entrou ali pra roubar, não ia hesitar levar meu notebook.

- amor... meu notebook...- murmurei pra Day, que me olhou enquanto Dani chamava a polícia.- se alguém... meu livro...

- ei, ei. calma tá?- disse, me puxando pra ela e me abraçou, beijando o topo da minha cabeça.

demorou alguns minutos, que pareceram anos, até que a polícia chegasse lá. Day explicou tudo que tinha acontecido, porque eu não tava conseguindo pensar em nada, e os policiais entraram na casa.

- ei, Carol. calma, tá? -Dani disse, me abraçando de lado e afagando minhas costas.

os policiais pareceram revirar toda a casa, saíram em seguida e vieram em nossa direção.

- as portas não foram arrombadas, então se vocês trancaram como disseram, alguém conhecido deve ter vindo até aqui enquanto estavam fora. - o policial explicou, fazendo eu negar com a cabeça algumas vezes.

- não tem como, a gente não conhece ninguém e ninguém tem a nossa chave. a única pessoa que a gente conhece tava no restaurante junto com nós duas.- Day falou o que eu pensei.

- policial, vocês procuraram em tudo? -perguntei, vendo ele assentir.- vocês viram um notebook preto com algumas figurinhas em cima de uma cômoda no primeiro quarto?

- infelizmente não.- ele falou.- quero que entrem e vejam o que sumiu, vamos marcar isso como invasão de domicílio e roubo. já recolhemos todas as digitais da casa e vamos fazer uma busca no banco de dados.

afirmei com a cabeça, e Day já estava abraçada comigo.

<···>

- meu livro... eu não...- minha voz morreu enquanto encarava a janela do meu quarto.

- ei, ei, ei. não se deixa abalar por isso, Carol.- Dani disse e Day parecia concordar.- você tem uma semana, consegue escrever de novo.

- não, eu não consigo. eu passei muito tempo pra pensar no que escrever, e tudo saiu tão natural que é impossível de ser reescrito.- falei levando minhas mãos ao meu rosto.- é impossível.

- você pode começar outro projeto. e-eu posso falar com a editora e remarcar. eles vão entender.

- pois é, baby. eles vão entender.

neguei com a cabeça, suspirando.

- vocês não entendem que é impossível fazer outro livro em uma semana?- falei, cabisbaixa.- eu não tenho cabeça pra isso.

- por via das dúvidas, vou deixar nossa reunião com a editora marcada.- Dani disse.

- por favor, só me deixem um pouco sozinha tá?

- tudo bem.- Day e Dani disseram, se levantando da cama.

só soube que elas saíram do quarto quando ouvi a porta fechar, aí pude desabar de uma vez. não sei por quanto tempo eu chorei, mas acabei pegando no sono.

&quot;F.R.I.E.N.D.S&quot; - Dayrol Where stories live. Discover now