cap 33. 🌆

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vocês não imaginam o prazer que é estar de volta, preparem os coraçõeszinhos.

P.O.V Carol

- não, não tá na cara! - falei em um tom mais alto.

- isso é pra outra hora. - deu uma pausa. - continuando. mas eu pensei bem, e o passo mal dado na verdade foi bem dado, porque você teria que ir pro Brasil tentar convencer a editora a te dar uma outra chance de mostrar seu talento, então você ficaria bem mais tempo no Brasil pra escrever e aí ia ter todas as etapas que nós passamos, até você voltar ia demorar bem mais. - deu uma pausa, dando um sorriso ladino. - mas aí vocês conseguiram resgatar o seu livro, e então o tempo foi bem menos no Brasil. então eu comecei a pensar bem sobre o seu livro, e nada tava perdido, uma hora você vai postar seu livro e ia ter que ir pro Brasil de novo, caso faça sucesso, o que eu acredito que vá fazer, então você ia ter que ficar bem mais tempo fora de casa do que com a Day, isso ia fazer vocês se afastarem! e esse era meu principal objetivo.

- então você quer me afastar da Day? - perguntei alto, Day apenas observava tudo.

- porra Daniela, o que você tem na porra da sua cabeça? - Day gritou, praticamente explodindo e dessa vez eu que segurei ela no lugar.

- continuando. - se virou pra nós duas. - vai baixando sua bolinha Dayane. a resposta pra sua pergunta de antes, é simples. quando éramos pequenas, eu me aproximei da Dayane, mas ela tinha uma outra amiga que era bem mais amiga do que eu, e eu senti muitos ciúmes, mas um belo dia, Dayane me chamou pra brincar na casa dela quando você tava lá, Carol. foi ali que eu conheci você, naquele dia nós conversamos muito e brincamos muito também, então eu parei de ter ciúmes da sua amizade com a Day... e comecei a ter ciúmes de você.

- O QUÊ? - eu e Day perguntamos no mesmo momento.

- então, eu comecei a tentar sempre chamar sua atenção e fazer você ser mais minha amiga do que da Day, mas vocês sempre me excluíram, sempre excluíram todo mundo e eram inseparáveis, até o Victor chegar. vocês eram o trio perfeito, e eu nunca mais tive a oportunidade de brincar com vocês. - olhou para um ponto fixo, suspirando, mas logo em seguida deu um sorriso fraco. - então os anos passaram e eu comecei a descobrir porque eu tinha ciúmes de você, Carol. eu tava gostando de você, eu sempre gostei de você. então, assim que eu encontrei vocês aqui em Portugal eu tive todos os sentimentos de quando eu era menor, e eu tive que guardar eles porque vocês tavam juntas. tive que ajudar na porra do pedido de namoro de vocês e tudo isso calada. então eu comecei a tentar montar uma forma de fazer vocês se separarem tempo suficiente pra que eu te conquistasse, ir pro Brasil com você ia ser uma ótima oportunidade. então mãe apareceu e foi tudo melhor do que eu esperava, ela não ia aceitar e eu já tinha escutado vocês falarem sobre isso uma das vezes que dormi aqui, e foi perfeito. ela falou exatamente o que eu queria que falasse, que não aceita vocês.- tentei ir pra cima dela, mas Day me segurou.

- VOCÊ É DOENTE, DANIELA! - gritei, sentindo meus olhos lacrimejarem lembrando do que minha mãe falou, engolindo toda a informação que Dani acabou de jogar na nossa cara.

- baby, calma. - Day falou, tentando me acalmar.

- vocês uma hora iam ficar longe uma da outra e eu ia ter a minha chance de fazer vocês se separarem e ficar com a Carol. - deu um sorriso e juro que não sei como Day tá tão controlada, mas consegui ver os punhos dela cerrados.- então sim, eu mandei meu irmão roubar seu notebook, e ia ser tudo do jeito que eu planejei.

- mas agora não mais! - Day falou e foi minha deixa pra parar de gravar.

- você acha mesmo que eu ia ficar com você uma hora, Daniela? - perguntei encarando a mesma com um nó enorme no estômago.- você é doente! eu tô com nojo de você.

- eu pensei que você fosse diferente, Carol. mas vocês se merecem, e se me dão licença, agora eu preciso ir. - foi até a porta e Day ia atrás, mas segurei ela. - ah, e boa sorte com seu livro, ruivinha. e você, Day, boa sorte quando você não tiver mais a Carol, idiota.

Dani saiu do quarto e Day se virou pra mim.

- você vai deixar ela ir embora? a gente tem que levar ela pra polícia! pra um manicômio!! - Day falou alto.

- eu gravei tudo. - mostrei o celular. - vamos,a gente tem que ir na delegacia.

disse bloqueando o celular e fui até o guarda roupa, troquei minha roupa o mais rápido que pude e Day já estava arrumada. fui com a mesma até o carro e Day deu partida até a delegacia, enquanto eu ligava do celular dela pro policial que estava mantendo contato com nós duas.

expliquei toda a situação pra ele, que me disse que iria avisar ao delegado pra quando chegássemos. depois que desliguei, não demorou muito pra que estivéssemos estacionando na delegacia.

explicamos novamente tudo que aconteceu pra os demais policiais e eu passei a gravação pra um dos policiais que nos mandaram de volta pra casa e disse que a partir dali eles iam tomar as providências.

- como você tá? - Day perguntou após a gente entrar no quarto.

- um caco. - admiti. - como que ela pode fazer tudo isso? eu confiei tanto nela, e no fim ela é tão... psicopata? eu realmente não tenho um adjetivo pra definir ela. - disse enquanto me jogava na cama, respirando fundo sentindo meus olhos encherem de lágrimas.

- ei, baby. - se deitou ao meu lado e me abraçou, acabei chorando tudo que tinha pra chorar nos braços de Day. - vai ficar tudo bem.

- baby, você acha que minha mãe pode voltar a falar comigo? - perguntei, após acalmar meu choro, fungando baixinho.

- eu tenho certeza que sim, sua mãe ama você, baby. - deixou um beijo sob minha cabeça e eu fechei os olhos, apertando seu corpo.

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"F.R.I.E.N.D.S" - Dayrol حيث تعيش القصص. اكتشف الآن