cap. 31 🌆

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P.O.V Day

assim que chegamos em casa, Carol sentou sob o sofá me olhando de forma apreensiva.

- o que você tá pensando, hm? - perguntei após me sentar ao seu lado, abraçando seu corpo de lado.

- baby, se o irmão da Dani foi preso... ele deve ter feito alguma coisa, né?

- olha, eu conheço eles desde pequena, mesmo que a gente nunca tenha sido tão próximos, eles eram ótimos filhos. - dou uma pausa.- mas sim, ele deve ter feito algo. ou pode ter sido algum engano.

- não sei não... tem algo me dizendo que ele fez alguma coisa errada...- suspirou, me abraçando também. - a Dani ficou muito estranha quando seu amigo chegou com ele.

- o que sua cabecinha tá pensando?

- não sei, eu só acho que essa noite foi toda muito estranha.

- realmente foi, a tensão na mesa tava clara. - admiti. - mas não sei, não acho que ele tenha sido capaz de fazer alguma coisa.

- mas e se ele fez e a Dani sabia? por isso ela pode ter ficado tão tensa.

- acho que ele seria mais esperto se tivesse realmente feito algo. ele não iria até um bar podendo ser pego.

- é, pode ser. - suspira e se acomoda em meu corpo.

- sabe o que eu acho? - falei, vendo a ruiva me olhar. - que a gente precisa de um banho e dormir um pouco. desde que você chegou, você não dormiu e a viagem é longa. vem, vamos.

me levantei e segurei a mão de Carol puxando a mesma pro andar de cima, adentrando nosso quarto. tomamos um banho e nos deitamos na cama, abraçadas enquanto passava friends na netflix.

- eu tô muito orgulhosa de você. - disse, fazendo Carol sorrir.- eu te disse que daria tudo certo com o livro.

- eu realmente fiquei bem insegura em questão a isso. mas que bom que deu tudo certo, tô feliz de estar prestes a lançar meu livro.

- vai ser um sucesso, meu amor. - deixei um beijo em sua testa.

ficamos ali até Carol pegar no sono, antes de mim, que ainda estava um pouco pensativa sobre tudo que aconteceu no bar. eu realmente queria acreditar no que eu disse a Carol, mas é meio complicado acreditar numa coisa quando sua mente e seu coração diz outra.

ouvi meu celular tocar, me fazendo sair do transe. olhei as horas antes de atender, vendo que já estava bastante tarde, visualizei o número do policial que estava entrando em contato comigo sempre pra atualizar sobre o roubo da casa e meu coração disparou.

eu sabia o que tinha acontecido, mas ainda tentei me enganar o máximo possível.

- olá? Dayane Nunes?

oi, sim. sou eu.

- eu sou... - o interrompi.

eu sei quem o senhor é.
o que aconteceu?

- nós prendemos o autor do roubo que houve em sua casa.

p-prenderam? agora?

-o suspeito foi visto hoje a noite por um de nossos policiais, próximo à um bar no centro da cidade. ele foi preso, nós conferimos tudo para que não houvesse nenhum erro, e agora ele está preso.

oh... obrigada pelo aviso.
e pelo serviço.

- não precisa agradecer. é nosso trabalho. e desculpe por ligar tão tarde, queríamos ter certeza.

não se preocupe. obrigada.

desliguei o celular e o coloquei de novo sob a mesinha ao lado da cama.

- não acredito... - suspirei passando a mão por meu cabelo.

- com quem você tava falando? - Carol perguntou numa voz sonolenta, sem abrir os olhos.

- o policial que estava nos informando sobre o caso da nossa casa.- respondi e vi a ruiva abrir os olhos, me encarando.

- o que ele disse?

- que o cara que assaltou nossa casa foi preso hoje próximo à um bar no centro da cidade.- falei rápido, balançando minha cabeça em negação. - foi o irmão da Dani...

- ele... meu deus! - Carol se sentou sob a cama arrumando seus fios bagunçados.- COMO QUE EU NÃO PENSEI NISSO ANTES?

- nisso o quê? - arqueei uma sobrancelha.

- porra, amor. a Dani tem a nossa chave, lembra? - deu uma pausa mas não o suficiente pra eu responder.- nossa casa não foi arrombada, a pessoa conhecia a gente! claro que ela não ia vir aqui quando a gente saísse, ia dar na cara! ela saiu com a gente pra livrar a própria cara e mandou o irmão vir roubar meu notebook, porque foi a única coisa que levaram!

- puta que pariu. - levei minha mão a minha testa e respirei fundo. - isso faz muito sentido. mas... por que ela faria isso? era o seu livro, ela te ajudou a conseguir a editora!

- eu também não sei porquê, mas amor, só pode ter sido ela!

- e se ele roubou a chave dela e veio por conta própria?

- por que ela ficaria tão tensa ao ver ele com a gente?- perguntou retoricamente.

- ok, isso faz sentido.

- por que ela faria isso?

- a gente só vai saber se ela contar.- cruzei minhas pernas em índio, tentando pensar em algum motivo válido.

- mas obviamente ela não vai falar, ela vai inventar alguma história. - Carol disse, se levantando da cama. - eu quero realmente entender qual motivo! se ela tava me ajudando e me ajudou a conseguir a editora, porquê ela tentaria fazer isso dar errado?

a ruiva já estava andando de um lado para o outro, me levantei e segurei seu corpo fazendo a mesma parar.

- ei, não vamos pensar nisso agora. tá muito tarde e você mal dormiu, a gente vai descobrir tá? mas a gente vai tentar fazer isso quando acordar! - dei uma pausa. - hoje você precisa descansar.

- tá bom, vamos dormir.

voltei com a ruiva para a cama, me deitando ao lado dela mas dessa vez desliguei a tv, abraçando seu corpo de forma confortável pra ambas, e algum tempo depois nós duas acabamos dormindo.

PERDOEM A DEMORA, PERDOEM A DEMORA. VOLTEI.

"F.R.I.E.N.D.S" - Dayrol Kde žijí příběhy. Začni objevovat