cap. 36 🌆

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P.O.V Carol

assim que terminei meu banho e saí do banheiro, Day não estava mais no quarto, então me troquei e decidi descer. ao chegar no meio das escadas, ouvi Thay me chamar e me virei pra mesma.

- você viu o Victor? - perguntou, enquanto entrelaçava nossos braços e então continuamos a descer as escadas.

- não, acho que deve estar com a Day aqui em baixo. - respondi.

- eles foram no mercado. - Selma disse, ao adentrar na sala.

me soltei de Thay apenas para sentar sob o sofá, levando meu olhar até a mãe de Day, que estava ligando a tv.

- a senhora precisa de alguma ajuda? - perguntei, vendo ela se sentar no outro sofá.

- na verdade não, só tô esperando a Dayane chegar com as coisas que faltam pra terminar tudo. - respondeu. - eu dou conta, não precisa se preocupar com isso.

<···>

mesmo que Selma houvesse dito que não precisaria de ajuda, fiz questão de ajudar com o que faltava. minha mãe chegou no fim da tarde, o clima continuou meio estranho, mas ao menos agora ela fala comigo.

estava terminando de vestir o vestido que havia comprado para usar na virada do ano. diferente dos outros anos, havia comprado um vestido preto, que tinha a saia um pouco mais solta do que a parte de cima e uma abertura em minha perna.

(VOU COLOCAR FOTO SIM, PORQUE EU ME APAIXONEI POR ESSE VESTIDO, BEIJOS)

me sentei sob a cama após colocar o vestido e calcei o salto também preto que havia ganhado de minha mãe, porém nunca havia usado. era uma péssima ideia usar salto pra passar o Réveillon na praia, mas o que importa é que combinava com o vestido.

após isso, me levantei e me observei no enorme espelho que tinha na porta do guarda-roupas, dando um sorriso ao ver que havia ficado ótimo. provavelmente, Victor faria piada por eu estar totalmente de preto, mas nada que eu já não tenha costume.

observei meu cabelo, sem saber ainda o que faria nele. Day havia saído com Victor pra algum lugar que eu não tenho a mínima ideia, então comecei a pensar no que poderia fazer em meu cabelo, já que ela não poderia me ajudar nisso.

depois de muito pensar, decidi fazer um coque. além de simples e fácil de fazer, combinaria com o vestido e daria um ar mais simples, então fiz o coque, feliz com o resultado final de tudo.

- meu Deus do céu, se eu soubesse que você tava assim tinha me preparado antes de entrar. - Day disse, chamando minha atenção pra ela que estava parada na porta com um sorriso nos lábios.

- gostou? - perguntei, dando uma voltinha, dando uma risada logo em seguida.

- você tá mais perfeita que o normal. - comentou, vindo até mim e me deu um selinho. - só não abraço você porque eu tô toda suada. preciso tomar banho.

- vai lá, eu vou ver se precisam de alguma coisa lá embaixo. - disse, deixando outro selinho em seus lábios antes de sair do quarto.

P.O.V Day

depois de tomar o banho, vesti a roupa que havia separado para passar o ano novo. nada muito diferente do que já usava normalmente, e graças ao fato de que estava na praia, nada arrumado demais.

vesti minha calça jeans preta, com dois rasgos no joelho e uma camiseta, não muito longa, branca lisa. calcei meu tênis e observei a jaqueta que havia ganhado de Carol, depois de tanto insistir. era de couro preto. depois de muito observar, resolvi vestir por cima da minha camiseta. arrumei meu cabelo, que estava molhado graças ao banho e saí do quarto, me encontrando com Carol subindo as escadas.

dei um sorriso e esperei que a mesma subisse pra que eu pudesse envolver meus braços em torno dos seus ombros, enquanto seus braços envolveram minha cintura.

- às vezes eu acho que você ultrapassa os limites da beleza. - a ruiva falou, me fazendo rir. - essa jaqueta caiu bem demais em você.

- se eu não tivesse enchido você pra comprar, eu não estaria tão bonita. - comentei, rindo baixinho.

- justo. - respondeu, rindo.

<···>

- 10... 9... 8... - todos nós estávamos contando juntos, enquanto todos nós estávamos com nossos respectivos pares.

- 5... 4... 3... - olhei para Carol enquanto gritava os números, dando um sorriso que foi retribuído pela ruiva.

- 2... 1... FELIZ ANO NOVO! - todos nós gritamos.

virei Carol de frente para mim, dando um sorriso enquanto a abraçava novamente.

- feliz ano novo, babe. - sussurrei.

- feliz ano novo, baby. - a ruiva respondeu, antes de juntarmos nossos lábios em um beijo calmo, mas que logo foi encerrado.

assim como Carol, desejei feliz ano novo a cada uma das pessoas ali, recebendo um abraço até mesmo da mãe dela.

- queria falar com você. - Roseli falou, me fazendo concordar com a cabeça antes de sentir ela me puxando um pouco pra longe do resto das pessoas. - quero me desculpar com você.

eu ia falar, mas antes que pudesse pronunciar qualquer coisa, ela me interrompeu.

- eu sempre fui muito dura com você, Dayane. me desculpe. - disse, segurando minhas mãos. - eu sempre estive muito cega com o preconceito que estava dentro de mim, a ponto de achar que você pudesse ter influenciado minha filha a ser lésbica. mas eu entendi, aos poucos, com ajuda do Isaías e do seus pais, eu me desconstruí. - deu uma pausa. - você sempre fez tão bem pra minha filha, que eu não sei porquê não aceitei o fato de vocês namorarem. mas sei que não é tarde, eu gosto muito de você e de sua família, e sei que jamais magoaria minha menina. nunca vi Carol tão bem, tenho que te agradecer por isso.

meu sorriso já não cabia em meus lábios, mas contive meu pequeno surto de felicidade ali.

- obrigada por confiar em mim agora. - disse, vendo um sorriso singelo aparecer nos lábios da mais velha. - eu amo a Carol, e não tenho intenção nenhuma de magoar ela. eu sempre amei ela. fico feliz que tenha entendido isso, nunca é tarde demais, você precisa falar com ela.

- e eu vou, quero me desculpar com vocês duas. - deu um sorriso.

- só vou pedir que espere um pouqunho, porque agora eu tenho que levar ela em um lugar. - disse, rindo junto com Roseli.

- Victor já me contou, boa sorte, garota. - fez um carinho em meus ombros antes de se afastar.

virei para onde Carol estava e vi ela conversar com Thay, rindo, o que me fez sorrir.

- eu tenho muita sorte. - falei, pra mim mesma antes de caminhar até as garotas.

&quot;F.R.I.E.N.D.S&quot; - Dayrol Where stories live. Discover now