cap. 42 🌆

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tô muito boazinha com vocês.

P.O.V Carol

enquanto eu dava banho na Lua, Dayane dava banho no Daniel e assim arrumamos os dois.

- eu vou ficar com o tio Bruno? - Daniel perguntou, com um sorriso enquanto Day vestia a camisa nele.

- vai sim, meu amor. - Day respondeu e eu dei um sorriso observando eles.

os dois sempre se deram bem, e eu me sentia uma besta observando eles juntos, e já faziam quatro anos que Daniel estava com a gente.

terminei de vestir a Lua e dei um sorriso pegando a mesma no colo, ela já estava bastante esperta e eu ficava toda boba com a minha pequena. ela não tinha cabelos ruivos, mas eram claros e os olhos dela pareciam com os de Day, ou eu estava ficando louca.

- amor, você arrumou a mochila do Daniel? - Day perguntou e eu assenti, pegando a bolsa da Lua.

- tá ali no canto. - apontei e ela foi até lá, pegando a pequena mochila que havia preparado com alguns lanches e brinquedos do Daniel.

<···>

assim que deixamos Daniel e Lua na casa de Bruno, Day dirigiu em direção à nossa escola. o que era incrível, pensar que nós duas havíamos conseguido fundar uma escola de música, juntas... Day sempre comentou que queria, mas que era um sonho distante, e no fim, conseguimos isso juntas.

eu ainda escrevia, vez ou outra pensava em fazer outro livro, mas nunca realmente escrevi. às vezes pegava Day, vez ou outra lendo de novo o livro que havia publicado e sorrindo boba, o que me fazia ter ainda mais certeza de que largar a editora foi a escolha certa.

consegui descobrir novos prazeres além de escrever, consegui fundar uma escola de música com minha mulher e eu não imagino outra vida que não seja essa com Day. escrever e publicar aquele livro foi com certeza um ato marcante na nossa história, e sempre será, principalmente por saber que Dayane ama tanto ele. mas viver o que estamos vivendo agora, é com certeza a coisa certa, e eu não escolheria outra coisa nem se me pagassem por isso.

quando estacionamos próximo à escola de música, descemos do carro e entrelacei meus dedos com os de Day enquanto caminhávamos até o prédio da escola.

percebi que não havia ninguém, já que tudo estava fechado, mas me mantive em silêncio enquanto via Day abrir o portão de entrada. assim que entramos, percebi que havia um caminho de flores, totalmente clichê, levando até a área aberta do prédio, onde havíamos feito uma pequena quadra para Daniel brincar.

- amor... você... - Day me interrompeu.

- só vem comigo. - disse e eu concordei com a cabeça, seguindo ela pelo caminho até chegar na pequena quadra.

havia um pequeno mural com várias fotos nossas, fotos de Daniel, algumas fotos da ultrassom, de quando eu estava grávida e fotos da Lua, junto com uma mesa pequena com algumas comidas e uma caixa.

- babe, acho que você já até sabe do que se trata. - Day disse, dando uma risada nasal, enquanto parava em minha frente, segurando minhas mãos e eu dei um sorriso, negando com a cabeça. - nós estamos juntas há quase dez anos, sem contar que te conheço desde criança, e eu nunca me vi tão feliz em toda minha vida. nós construímos uma família, construímos uma escola juntas e estamos vivendo isso tudo, uma do lado da outra. - deu uma pausa. - nós já passamos por coisas que eu nem saberia explicar, mas sempre estivemos juntas, em todas elas. eu sempre pensei que o clichê era chato, e sempre fui bastante mal humorada nesse aspecto, mas você me mostrou a parte mais linda do clichê, a parte que faz valer a pena e eu nunca havia visto. alguns anos atrás, eu te fiz uma surpresa, no nosso primeiro réveillon juntas oficialmente como um casal, e te disse que ainda não era um pedido de casamento... e eu demorei muito pra realmente fazer, são anos depois, mas eu ainda assim tô aqui, fazendo o pedido. eu quero viver com você pro resto da minha vida, eu sempre soube disso, e nossos filhos são só prova de que nós duas estamos prontas pra finalmente dar nosso grande passo, um pouco atrasadas já que ter um filho talvez seja um passo maior do que se casar, mas enfim. - dei uma risada, junto com ela, enquanto minhas lágrimas já desciam, assim como as dela. - eu te amo, eu te amo demais. e eu quero casar oficialmente com você, gritar pro mundo que eu sou casada com a mulher mais incrível do mundo.

- amor... - tentei falar, mas não consegui formular nada grandioso o suficiente.

Day soltou minhas mãos e foi até a mesa, pegando a caixa que estava sob a mesma e voltou até mim, abrindo-a. dentro da caixa estava duas caixinhas, primeiro ela tirou uma das caixas e a abriu, retirando um colar parecido com o que ela usava até hoje, que eu havia dado a ela quando estávamos em Portugal.

- eu sempre pensei em comprar um igual pra você, pra ser uma coisa nossa... - ela disse, rindo baixinho. - não vejo ocasião melhor que essa.

Day afastou meus cabelos, que já estavam bem maior do que alguns anos antes, e eu os segurei enquanto ela colocava o colar em meu pescoço.

- eu te amo tanto... - sussurrei, dando um sorriso e ela também sorriu.

depois, ela pegou a outra caixinha e abriu, revelando um anel de prata, fininho com algumas pedras em detalhe.

- Caroline dos Reis Biazin, mulher mais incrível desse mundo, você quer se casar comigo? - perguntou, me fazendo sorrir ainda mais afirmando constantemente com a cabeça.

joguei meus braços em volta de seu pescoço, juntando nossos lábios em um beijo, enquanto sorria contra seus lábios, negando levemente com a cabeça.

- é claro que eu aceito, baby! - disse, contra os seus lábios, enxugando minhas lágrimas ao me afastar.

vi ela segurar minha mão e colocar a aliança em meu dedo anelar, pegando a outra e me entregando, fiz o mesmo com a sua e dei um sorriso.

- eu ainda não acredito nisso. - disse, sem parar de sorrir.

- nunca fiquei tão nervosa na minha vida. - Day disse e eu acabei rindo enquanto abraçava ela.

&quot;F.R.I.E.N.D.S&quot; - Dayrol Onde histórias criam vida. Descubra agora