Entrei no banco de trás e foi um silêncio...
Paramos em uma casa distante, não tinha tanta movimentação quanto as outras ruas.
Acabei indo deitar cedo, mas quem disse que eu conseguia dormir ?
Comecei a sentir um aperto. Era um verdadeiro desespero mas eu não entendia o porquê.
Podia ser só uma ansiedade, afinal eu iria pra Londres!
...
Soraya: bom dia. - disse ao descer os degraus.
Tuiu: opa. - disse sem me olhar.
Gabriel: fala bela adormecida.
Soraya: eu dormi tanto assim ?! - disse espantada. - eles confirmaram.
Almocei e fui fazer minhas unhas, ajeitar meu cabelo, essas coisas e quando anoiteceu tomei um belo de um banho.
Eu tava tentando acertar a minha maquiagem, mas estava difícil, comecei a pensar na minha vó.
Gabriel: Soraya ? - bateu na porta e abriu em seguida.
Soraya: Oi. - disse secando minhas lágrimas.
Gabriel: ih, ta chorando porque ?
Soraya: nada demais, tava pensando na minha vó. Falando nisso me empresta o seu celular ? Queria ligar pra ela. - sorri sem jeito.
Gabriel: depois do evento você liga, ta pronta ? - concordei.
Soraya: aonde vai ser ? Lisandra não me passou nenhum detalhe, não quero parecer perdida.
Gabriel: aqui na favela mesmo! - disse sério.
O caminho inteiro fomos em silêncio, ele parou o carro e eu olhei não havia nada em volta daquela casa, só mato. - onde estamos ?
Gabriel: desce. - disse sem olhar na minha cara, ele mudou da água pro vinho.
Eu permaneci dentro do carro, sua feição era outra, ele abriu a porta e pegou em meu braço e me puxou. - aí Gabriel, me solta ta me machucando. - tentei soltar mas foi em vão.
Gabriel: cala a boca e anda. - apertou ainda mais e dois homens me arrastaram pra dentro.
Soraya: o que ta acontecendo ? - comecei a me debater.
Fui ignorada! Entramos naquele lugar que mais parecia um galpão, tudo sujo e só tinha um colchão velho no chão.
Um deles amarrou meus pulsos na frente mesmo com uma corda. - por favor, não faz isso. Disse entre soluços.
Boquinha: cala a boca sua vagabunda. - ele chutou minhas pernas fazendo eu cair de joelhos.
Soraya: Gabriel me ajuda. - gritei e ele veio na minha direção com uma arma apontada na minha cabeça, meu desespero só aumentou.
Gabriel: se você fazer qualquer gracinha te mando pro inferno em um segundo.
Soraya: porque você ta fazendo isso comigo ? - abaixei a cabeça, eu estava sentindo tanto ódio de mim mesma por confiar nele.
Gabriel: negócios... - deu risada.
Boquinha: bonita mesmo em. - ele se abaixou na minha frente e me olhava e eu não conseguia parar de chorar.
Gabriel pegou um pedaço de fita e tapou minha boca.
Alison, 28 anos (Boquinha)
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Art.149
Ficção Geral"Perigosa é a mulher que aprende a jogar e pensa igual ao maldito homem"