Art.149

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- presta atenção, não faz isso, eu precisei me defender. Ele ia me matar. - justifiquei.

Adriano: e você achou que atirando nele ia te aliviar em que Soraya ? pensa um pouco caralho! - disse alterado.

xxx: solta ela! - apareceu apontando seu revolver.

Olhei para o lado e era o Tuiu, ele foi se aproximando calmamente e pedindo pro Adriano parar.

Entrei em um desespero maior, Adriano estava fora de si.

Adriano: sai fora! - me puxou.

Tuiu: para de caô! O cara já ta morto... vai matar a mina que você diz que ama por causa do Jorge que nem ta mais aqui meu bom ? - ficou em silêncio.

Adriano: se sabe muito bem que a cobrança vai cair pra mim!

Tuiu: vai cair não, solta ela. - levantou as mãos se rendendo.

Ele me empurrou e eu caí no chão, meu corpo ardia, fiquei ali sentada e o Tuiu se abaixou voltando a apontar a trinta e oito.

Cruzei meus braços para cobrir meus seios e com dificuldade fui saindo dali.

...

Eu não vi mais nenhum dos dois, não sei o que aconteceu e também não ouvi mais nada.

A porta abriu e uma mulher do cabelo curto empurrou uma menina pra dentro com mala e tudo.

Ela não olhou na minha cara mas também não liguei.

Assim que a porta fechou limpei as lágrimas que desciam em meu rosto.

xxx: oi! - disse de cabeça baixa segurando a bolsa.

- oi. - ajeitei o travesseiro.

xxx: m...meu nome é Ana! -  se sentou na cama que era da Julia. - alguém dorme aqui ?

Soraya: não! - disse seca.

Virei para o lado e ela não parava quieta, ouvi sua respiração funda e me sentei na cama, ela estava dobrando as roupas da Júlia que estavam espalhadas juntos com as minhas.

xxx: me desculpa... Meu nome é Ana.

Pude reparar nos hematomas em seu rosto.

...

Lena

xxx: posso falar com você rapidinho ?

- agora não! - levantei e fui até a janela.

Decidi atender meu celular...

📞 como assim mataram o Jorge ?

Taquei o aparelho contra a parede e todos olharam, passei as mãos na mesa fazendo com que todas as coisas caissem no chao.

Como isso foi acontecer ?