Fomos até o galpão, entramos lá e só havia caixas.
Jorge: cade o Munhoz ? Cuidou dele ? - disse sério.
Neto: ta bem, não vai morrer não.
Adriano: da um jeito nessas daqui agora.
Neto: vai apagar as duas ?
Adriano: até que não seria uma má ideia.
Seguimos mais ao fundo e atrás da cortina estava as duas.
Uma morena ainda em pé com os braços amarrados para cima, aparentemente não tinha como decifrar sua personalidade, mas seu olhar não negava o ódio. Logo reconheci!
Ah! Soraya, Soraya...
A ruiva estava sentada e com as mãos amarradas para trás.
Cabeça baixa e os cabelos cobriam totalmente seu rosto.
Jorge: então quem atirou no Munhoz ? - disse me aproximando.
Uma risada começou ecoar por todo galpão.
xxx: fui eu seu nojento. - disse a ruiva ao mesmo que cuspiu em meu sapato.
Ela levantou seu rosto, sua pele estava rosada e seu tom de voz não demonstrava arrependimento.
Segurei firme em seu pescoço, pressionava meus dedos mas ela resistia com o sorriso.
Soltei imediatamente, estava nervoso. - acaba com essa vagabunda logo!
Soraya
Um celular perdido pela casa ? Ao ouvir isso foi como encontrar o caminho para a luz.
Adriano: ta perdida gatinha ?
Olhei para trás assustada. Seu corpo estava bem próximo ao meu. - n..n..nao.
Adriano: ta fazendo o que aqui então ? - ele apoiou seu braço na janela me encurralando.
Ele olhava fundo nos meus olhos.
Soraya: eu... eu só vim pegar um copo de água. - disse nervosa tentando desviar.
Adriano: gatinha, gatinha. Eu não nasci ontem.
Ele me pegou a força, suas mãos me machucavam...
...
Cada minuto ali parecia uma eternidade.
Olhar aquela menina ser torturada na minha frente foi chocante! ela foi tratada como lixo.
O arrependimento está longe de ser a companhia mais frequente de quem mata.
E mais uma vez fui testemunha de um assassinato.
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Art.149
General Fiction"Perigosa é a mulher que aprende a jogar e pensa igual ao maldito homem"