Art.149

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Soraya

Olhei para o Tuiu e não fiz mais nenhuma pergunta.

Chegamos em um bairro bem movimentado, ele entrou em uma rua estreita.

Havia estabelecimentos abertos nos dois lados, muitos homens fumando, bebendo, mulheres com roupas curtas, elas andavam calmamente e outras conversavam.

Tuiu foi parando o carro no final da rua, deu a volta e me tirou com brutalidade.

Quando abriu o porta malas a menina nos olhou assustada, seu rosto estava inchado, completamente soada.

Ele segurava nas nossas correntes e nos empurrava na intenção de que pudéssemos andar mais rápido.

Algumas vezes eu tropeçava e ele reclamava.

Entramos em um salão, havia luzes brancas, elas piscavam causando um blecaute de segundo a segundo.

O som estava bem alto e as batidadas seguiam o mesmo ritmo.

Algumas mulheres dançavam em um pequeno palco.

Passamos por uma porta restrita que dava acesso a um corredor simples, Tuiu nos soltou e se manteve atrás com a pistola apontada para nos guiar.

Mais a frente acabei me deparando com um homem, não aparentava ser tão velho assim, ele falava no celular mas logo desligou nos dando atenção.

Saímos em uma área aberta, pequena.

Nós duas ficamos ali em pé paradas.

Ele se aproximou e levou a mão em nosso rosto, nos olhou.

xxx1: espere um pouco.

Tuiu foi caminhando até o sofá que havia ali e se sentou ajeitando o boné.

O homem fez uma ligação, eu tentava entender suas respostas mas era difícil, após alguns minutos, sua feição mudou.

xxx1: ligaram, vamos tirar ela logo daqui, precisamos nos preparar. - disse olhando para o Tuiu.

Tuiu: bora, bora. - apontou a arma para nós duas e saimos andando.

Havia uma mulher ali, ela nos olhou de cima a baixo.

xxx1: arruma elas. - disse sério.

Ela levou as mãos em nossos ombros e nos levou até outra sala.