Soraya
Até onde chega a ignorância do ser humano ?
Eu estava sentindo frio, não conseguia parar de chorar.
A única coisa que eu pude sentir em meu coração era medo! Medo do que pudesse acontecer dali em diante.
Fechei meus olhos e pedi a Deus que me protegesse e que me ajudasse a sair daquela situação, eu não sei o que eu fiz e o porquê disso tudo, mas não perderia minha fé.
Deus, ele sim sabe de todas as coisas...
Tuiu: eu mina, levanta ai e vai limpa esse rosto. - disse alterado.
Soraya: me deixa sair, por favor Rogério. - implorei segurando em sua roupa e ele se soltou tirando a pistola da cintura.
Tuiu: quero fica bolado contigo não mina, levanta aí.
Levantei e ele me levou até o banheiro, não tinha luz e estava bem sujo, liguei a torneira a água estava bem fraca, fui limpando meu rosto e via o sangue misturado naquela água descendo pelo ralo, tentei segurar meu choro mas não consegui o local estava dolorido.
Soraya: será que você pode me dar licença ? - disse de cabeça baixa.
Tuiu: pra que ?!
Soraya: não vou conseguir fazer xixi com você parado me olhando.
Tuiu: demora não. - virou as costas.
Não havia porta então ainda sim acabei demorando.
Voltei e o Boquinha já havia chegado, eles conversavam, mas pararam assim que passei daquela porta.
Boquinha: aí tua comida. - se aproximou me entregando a sacola. Eles se sentaram e eu fiquei jogada naquele colchão, não consegui comer.
Aquele desespero estava incontrolável.
Tuiu: vai comer não ? - eles me olharam.
Soraya: não quero. - fiquei encolhida.
Boquinha: aqui tu não tem que querer nada não porra! Para de cao e come. - apontou pra sacola.
Acabei comendo contra minha vontade, aquele Boquinha não parava de me ameaçar.
Fiquei pensando em todos esses dias em tudo que eu acreditei e toda a decepção.
Queria poder voltar atrás...
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Art.149
General Fiction"Perigosa é a mulher que aprende a jogar e pensa igual ao maldito homem"