- tira essa corda, ta me machucando. - disse calma.
Tuiu negou com a cabeça.
Durante todo o trajeto não me deu uma oportunidade sequer para falar.
Ele parecia bravo, impaciente.
A todo momento olhava o celular.
Cortou caminho e seguiu em uma trilha, parecia distante da cidade...
Ele olhava um mapa, só marcava mato em volta daquilo tudo!
Paramos em frente a uma casa bem pequena.
Tinha algumas placas e a fachada era bem simples.
Ele deu a volta e ao abrir a porta desamarrou a corda, senti um alivio.
Balancei minhas mãos na intenção de espantar a dormência nos braços e entrei depois dele.
Me sentei em uma cadeira velha que havia ali e peguei o copo de água.
...
Tuiu: quero que você faça uma coisa pra me ajudar. - disse calmo.
Eu apenas olhava...
Ele abriu a tela do notebook na minha frente mais uma papelada.
Peguei cada folha e fiquei olhando, havia muitos números, datas e nomes...
Não estava entendendo!
Tuiu: eu confio em você! E preciso que tu adiante trezentos e oitenta mil...
Engoli seco ainda sem entender. E ele abriu uma foto...
Tuiu: sabe porque ?
Era minha vozinha ali segurando uma sacola.
Provavelmente voltando do mercadinho.
Que saudade...
As lágrimas começaram a escorrer em meu rosto e neguei com a cabeça voltando com meu olhar a ele.
Tuiu: eu sei o que é importante pra mim e também sei o que é pra você.
Ele puxou uma cadeira e sentou na minha frente.
Ficamos cara a cara!
Soraya: por favor... n... não faz nada pra minha família. - disse com dificuldade.
Tuiu: coé... Tamo fazendo isso por você Soraya! - respirou fundo.
Soraya: me mostra como é... Vou fazer tudo certinho. - disse trêmula.
Tuiu: presta atenção mina, se der qualquer coisa errada cai nois três. - disse se referindo ao Adriano também.
...
Passamos a tarde conversando, ele me explicou todos os detalhes, ensaiamos e depois fomos deitar para descansar.
Demorei para pegar no sono, eu estava pensativa e com medo!
Tuiu deitou do meu lado e me abraçou, me senti segura...
Acordei e ele já não estava mais ao meu lado.
Já havia anoitecido...
Fui até a cozinha e ele tava preparando um lanche. - eu quero... - disse sem jeito.
Ele sorriu e sentamos para comer.
Conversamos bastante, ele me contou o básico de sua vida e eu da minha.
Não acreditei que ele e o Adriano tramou tudo isso para me tirar daqui...
Agora a vida deles está em minhas mãos!
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Art.149
General Fiction"Perigosa é a mulher que aprende a jogar e pensa igual ao maldito homem"