Paramos em frente ao hotel, eu já ia abrindo a porta e o Tuiu segurou em meu braço. - que foi ?
Tuiu: os federais. - apontou a pistola que era do Adriano.
Passei minhas mãos secando as lágrimas. - melhor não voltarmos mais aqui.
Ele concordou. Antes de sair ele tinha pedido pra pegar apenas as coisas importantes e arrumar dentro de uma bolsa.
Tuiu acendeu um cigarro e saiu cortando em algumas ruas. - pra onde vamos ?
Tuiu: vou cuidar de umas cargas...
Soraya: você precisa ficar atento. Já perdemos o Adriano, eu não posso perder você também. - as lágrimas voltaram a escorrer.
Ele parou no farol e se aproximou selando nossos lábios.
Tuiu: agora que eles vão vim atrás mesmo morena.
Engoli seco. - an...você precisa de uma camisa limpa. - mudei de assunto.
...
xxx: cade o Adriano ? - disse sério.
xxx: desceu!
xxx: porra... - passou a mão na barba.
Tuiu pegou um pedaço de ferro e bateu contra causando um barulho.
Alguns homens se aproximaram.
Tuiu: Adriano levou um tiro e não resistiu, mas isso não interfere no nosso plano!
Todos se olhavam e comentavam algo.
...
Eu me sentei em um canto e fiquei olhando para o teto, pensei em tudo, tudo mesmo...
Pensei nos momentos e nas palavras do Adriano desde o começo.
O que mais está me pesando nesse momento foi ele me pedir perdão e eu não dizer mais nada.
Ele não vai estar mais aqui e eu vou conviver com essa culpa!
Se não fosse para me ajudar ele não teria levado aquele tiro!
- por que Deus ? - disse alto.
Tuiu não deixou ninguém se aproximar, fiquei orando.
Eu precisava desse tempo sozinha.
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Art.149
General Fiction"Perigosa é a mulher que aprende a jogar e pensa igual ao maldito homem"