Art.149

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Dois meses depois...

Você é vendida e não pode fazer nada pra impedir um estranho de tocar no seu corpo.

Os primeiros dias não são fáceis!

O expediente termina e você simplesmente é obrigada a aceitar um estranho enfiando o dedo na sua boca e apalpando seu corpo.

Tudo na esperança de encontrar algo que possa ser usado contra você.

Muitas vezes é dopada e largada em uma cama.

Acorda completamente nua sem saber o que fizeram com você além do estupro.

Como eu tô nesses dois meses ? Infeliz, bem infeliz.

Sou obrigada a me adaptar a essa vida de prostituta.

Vira e meche você vê meninas sendo espancadas ou mortas na sua frente por tão pouco.

Eles te enganam ainda mais colocando esperança de que você alcançando uma meta será livre.

Pura mentira!

Foi preciso deixar de lado aquela Soraya inocente e cheia de sonhos e desejos e dar lugar ao ódio.

Aqui eu sou mais uma! uma puta, uma piranha, uma vadia! Uma verdadeira prostituta, impura!

Assim que os olhos alheios me julgam.

Essa agora é a minha realidade, mas não significa que eu desisti da minha liberdade.

...

Entramos no quarto e aquele velho já foi tirando o cinto da sua calça.

Era válido todo o nojo que eu senti naquele momento.

Me virei de costas e senti suas mãos ásperas tocando na minha cintura, deslizava, acabei fechando meus olhos na intenção de desviar todos meus pensamentos.

Ele começou a penetrar e sentir ele dentro de mim me causava tudo...

Menos prazer e alegria.

Minhas lágrimas já não existiam, apenas havia sangue nos olhos, puro rancor.

Me virei e coloquei ele sentado na beirada da cama que estava logo atrás dele, me sentei por cima sem ao menos olhar em seu rosto.

Estar com um homem leva apenas alguns minutos. Eu apenas rebolava e sua voz soava falha.

Ele gozou e eu não esperei nenhum segundo a mais, vesti minha roupa de qualquer jeito e sai indo direto pro banheiro.

Eu precisava sentir a água de alguma forma percorrendo e aliviando o peso que eu estava sentindo.