Fiquei pensando no que a Helena disse e eu sinceramente não queria mais falar desse assunto com ela.
mas... se for isso mesmo, essa criança não terá culpa em nada.
Ela saiu e minha vontade nesse momento era de gritar, quebrar tudo como uma forma de alívio.
Fiquei balançando minha cabeça negativamente após lavar meu rosto e minha boca.
- O que eu vou fazer meu Deus ?
Quando me virei Jorge estava parado na porta me olhando.
Jorge: algum problema Soraya ? - disse se aproximando.
Abaixei minha cabeça e engoli seco, senti um medo com a sua presença e respondi rapidamente.
- não.
Jorge: eu tô de olho em você. - disse sério enquanto me encarava.
...
Essa madrugada eu não estava conseguindo pregar os olhos um minuto sequer.
Ouvi uma movimentação estranha ao lado de fora.
Sai do quarto e desci até o salão, estava vazio, apenas algumas luzes acesas.
Pela janela pude ver o portão se abrir, Jorge estava no gramado com uma pistola na mão.
Uma Picape entrou, parou próximo e ele parecia nervoso.
Um homem saiu rapidamente do carro, fiquei encostada e com um pouco de dificuldade pude escutar a conversa.
Jorge narrando
Jorge: aonde você enfiou a merda desse celular Neto ? Tô te ligando mais de meia hora e você não me responde. - disse alterado.
Ele passava as mãos em seus bolsos e se virou indo até o carro, sua feição não era das melhores.
xxx: devo ter esquecido antes de sair daqui.
Jorge: quero esse celular amanhã de manhã, se uma dessas vadias pegar e esconder você tem noção do problema ? aonde você arrumou esse carro ?
xxx: Não me leva a mal não Jorginho, fica na sua que isso já é problema meu.
Me aproximei e peguei na gola da camisa dele, dei passos a frente deixando ele contra o carro. - escuta aqui Neto, problema seu nada não, você sabe o quanto eu tô investindo nessa organização ?
xxx: calma... - disse se rendendo.
Jorge: sabe quanto ta correndo aqui ? Em ? - gritou.
Xxx: não sei não! - debochou.
Apontei minha pistola em sua cabeça, seu olhar era alternado nesse momento. - nunca mais você fala nesse tom comigo!
xxx: s...sim, sim senhor. - gaguejou.
Jorge: entendeu o recado.
Nesse momento o Adriano apareceu.
xxx: entendi sim.
Adriano: vamos ali que temos uma parada pra resolver. - disse cortando nossa conversa.
Adriano Miler (32 anos)
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Art.149
General Fiction"Perigosa é a mulher que aprende a jogar e pensa igual ao maldito homem"