Contraponto

18K 676 1.7K
                                    




Oi, Oi, pra vocês!

Dia meio corrido e mal-humoradinho pra muita gente, né?

Espero que o capítulo traga um pouco de alegria para encerrarmos  melhor o dia.

Aliás, capítulo necessário! O que significa que talvez não seja tão interessante/envolvente, mas paciência... É da história!
E eu conto sempre com a compreensão ixperta de vcs! 💓

Boa leitura!


-----



Na manhã seguinte, Bianca se entregou completamente ao sono, e dormia gostoso quando novamente despertou com sua cintura sendo envolvida, e seu corpo puxado com carinho.

De olhos fechados, ela sorriu quando sentiu a mão macia deslizando por sua barriga, e as unhas que lhe arranhavam sutilmente ali. Ainda desnorteada por ter sido tirada do sono involuntariamente, deixou-se perder uns segundos na provocação, surpreendendo-se ainda mais quando ouviu:

– Bianca!

A surpresa veio por conta não apenas da exclamação e do tom ligeiramente exaltado, mas especialmente pela distância da voz, e a partir dali foi tudo muito rápido.

Quando ela se deu conta dessa distância, foi na mesma fração de segundo em que sentiu a carícia em seu abdômen cessar, o corpo próximo ao seu se afastar sutilmente e, enfim, seus olhos abrirem automaticamente e caírem direto na mão em sua barriga que, não...

Definitivamente não era de Rafaella.

Sentindo a adrenalina do susto lhe tirar o controle, a sequência seguinte foi ela sentir seu corpo reagir sozinho lançando-se para longe do corpo perto do seu e, sem considerar que estava na ponta do colchão, despencar no chão.

Quando ela conseguiu sentar e endireitar o corpo, o desespero foi ainda maior ao enxergar Rafaella em pé, parada próxima à cama e outra mulher, que ela conhecia tão bem, em sua cama.

B: O que você tá fazendo aqui, Érica??? – reagiu em tom intensamente perturbado, puxou o lençol da cama para cobrir seu corpo completamente nu, e inevitavelmente deixou seu olhar cair novamente em Rafa, que a essa altura estava de braços cruzados, com uma expressão passada no rosto.

E: Desculpa, Bi... – e só de ouvir o apelido, a expressão "passada" no rosto de Rafaella cedeu imediatamente para dar lugar ao início do ódio – Eu não sabia que você estava acompanhada, subi direto!

B: Pois é, mas estou! – segurou o lençol na altura dos seios e se obrigou a levantar – E tu deveria ter ao menos batido!

E: A porta estava destrancada, como costuma ser quando você tá sozinha. – só piorava.

Rafa respirou fundo e começou a se questionar se deveria continuar ali, mas antes que ela pudesse raciocinar o suficiente, percebeu Bianca chegando a seu lado e responder novamente a presença inconveniente.

B: Trancada ou não, é pra bater! – passou a mão nos cabelos e sentiu a mão de Rafaella dando um puxão quase agressivo no lençol que, na pressa, Bia não tinha conseguido enrolar em seu corpo de maneira 100% eficiente, levando Rafa a se apressar para cobrir a fenda que revelava demais. Ainda transtornada, a carioca reformulou o que havia dito – Aliás, me espera descer da próxima vez.

E: Tudo bem, já entendi! – com um sorriso no rosto que terminou de fechar o ciclo de ódio da mineira, a mulher deslizou pelo colchão e colocou-se de pé – Bom, vou deixar vocês e espero lá embaixo com o Miguel.

Cinco Dias (RABIA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora