Junho

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DOZE DIAS DEPOIS:

Voltei!

Demorou dessa vez, mas vocês já tinham sido alertadas disso.

Mesmo assim, eu morri de saudades e nem é meme. <3

Espero que estejam todas bem e que continuem por aí para continuarmos a nossa história.

Eu venho repetindo isso para as pessoas próximas, mas acho que aqui eu ainda não falei: a cada cena que eu escrevo tem sido um choro diferente.

O processo de fechar e unir as pontas finais tem sido mais difícil do que eu imaginei que seria, mas eu  tenho insistido muito e, por isso, hoje eu entrego com alegria pra vocês mais um pedacinho importantíssimo da nossa história.

Espero que gostem!



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UM MÊS DEPOIS:

Era início de noite quando Bianca chegou no apartamento da mãe, no Rio de Janeiro.

Recebida pela irmã, a carioca cumprimentou-a rapidamente e quis seguir caminho direto para o quarto que era considerado seu no apartamento, mas foi impedida.

I: Ué, vai entrar assim, sem falar com ninguém direito? – a irmã protestou antes que ela deixasse a sala.

B: Me dá um descontinho agora, Íris, tô morrendo de dor de cabeça.

I: É hoje a festa da Rafa, não é? Não quis ficar sozinha no apartamento dela, é isso? – tentou deduzir.

B: É, é exatamente isso. – soltou o ar e coçou a testa, impaciente – Só que como eu tô com essa dor de cabeça, acho que ficar sozinha um tempinho vai ser inevitável, mas eu venho jantar com vocês mais tarde, tudo bem?

I: Claro, vai lá! – sorriu terna para a irmã, ciente de que provavelmente o que ela tentava administrar era, em realidade, um combo de dor física e frustração.

E foi por isso que a irmã não insistiu.

Bianca seguiu sozinha para o quarto e, assim que adentrou o cômodo, jogou sua bolsa na poltrona que havia ali com mais do que dor e frustração: sentia raiva mesmo.

Raiva e esgotamento.

Arrependeu-se do gesto, porém, e caminhou até a poltrona para mexer na bolsa e sacar o celular, porque espairecer ela precisava urgentemente, mas ela não conseguiria não acompanhar a noite de Rafaella.

Talvez não muito por interação direta das duas, já que as condições estavam mesmo adversas, mas ao menos ela poderia conferir postagens e fotos que fossem saindo dela.

E foi o que ela fez durante quase uma hora inteira, na qual ela se manteve deitada na cama, com o celular conectado no carregador e vagando pelas redes sociais enquanto tentava impedir sua cabeça de lhe torturar com o ritmo frenético de seus pensamentos naquele contexto.

Quando soltou o celular e resolveu descansar de olhos fechados, foi quando ouviu batidas na porta que se abriu na sequência.

M: Filha? – a mãe colocou a cabeça para dentro do quarto e, percebendo Bia acordada, entrou sem nem pedir – Tua irmã me falou que você chegou com dor de cabeça, tá tudo bem?

Cinco Dias (RABIA)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora