Capítulo 5

1.3K 102 73
                                    



De manhã, acordo me sentindo leve e confortável. Uma cama macia e quentinha em meu corpo. Algo se movendo debaixo de mim, um calor confortável e um perfume gostoso.

Olho pra baixo ainda com olhos embaçados e vejo algo azul. Azul bem forte e um símbolo de algo que não consigo distinguir ainda.

Pisco bastante, olhando de novo, depois de esfregar os olhos. É um moletom com um símbolo de átomo.

Olhando pra cima, vejo Tom. Cabelos bagunçados, cílios longos e lábios finos entreabertos... Uma expressão calma em seu rosto.

Que visão. Será que morri e esse é o céu?!

Apenas fico o admirando alguns segundos a mais, como ele é bonito...

Consigo me levantar, sem o acordar. Ele só resmunga e se mexe, mas não acorda.

Tessa que ainda tava na cama faz festa pra mim, abanando o rabo.

"Bom dia" digo baixo, coçando entre suas orelhas.

Vou ao banheiro, e escovo os dentes com o dedo mesmo. Depois, vou atrás do meu celular, e remédio na carteira.

Após ver o horário, me dirijo a cozinha e Tessa vai junto, e paraliso ao ver algo que me congela o interior. Tem sangue espalhado pelo piso branco. E alguns pedaços de vidro ensanguentado.

Deus...

Tomo meu remédio e depois, eu consigo achar os produtos de limpeza após uma rápida busca e consigo limpar tudo. Até o do corredor.

Ao voltar pro quarto, ele ainda dorme agora todo esparramado na cama, como uma grande estrela do mar, ou um cara que caiu do quinto andar.

Penso em acordá-lo mas ele parece tão calmo e confortável que não consigo imaginar perturbá-lo.

Como ele deve acordar com fome, eu volto pra cozinha, indo explorar os armários em busca de saber o que tem disponível.

Odeio fuçar nas coisas, nem as coisas dos meus pais eu gosto de mexer. Mas vejo que preciso, ou isso, ou vamos ficar com fome...

Primeiro, faço chá, já que tá frio lá fora e aqui dentro também. Depois, faço algumas panquecas e acho bacon na geladeira.

E Tessa comigo, com seu brinquedo de morder que ela coloca perto do meu pé pra eu poder jogar pra ela ir pegar.

Pensei que ela seria meio chata comigo aqui, ou não gostasse de mim ou até tentasse me morder. Mas não, ela é um amor.

Ouço um barulho no corredor, e estico o pescoço pra ver. Logo em seguida um resmungo ecoa pela casa silenciosa e Tessa vai lá.

"Tom, tá tudo bem?"

"Eu to, eu só caí" diz e me apresso a ir ajudá-lo.

"Droga" digo ao vê-lo estabacado no chão. "Vem" ofereço minha mão e ele pega.

O levo pra sala, e o deixo no sofá, endireitando a coluna logo depois, ouvindo um estalo.

"Eu ia limpar a cozinha, mas aí senti o cheiro gostoso de comida" comenta parecendo envergonhado.

"Tudo bem. Tá com fome?" Assente "imaginei" digo indo de volta pra cozinha. Volto com um pouco de cada. Panquecas e bacon, assim como uma xícara de chá.

"Deus, eu nem sei o que dizer" diz ao pegar.

"Só come, e relaxe. Eu gosto de ajudar as pessoas, por que é o que eu gosto que alguém faça por mim quando também preciso. Todos nós precisamos de ajuda as vezes..." dou de ombros.

AssistantМесто, где живут истории. Откройте их для себя