Capítulo 57

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A essa hora, Mary já chamou a polícia, dizendo que o marido e a cunhada dela foram sequestrados.

Só espero que as duas estejam bem...

Só ouvimos as vozes deles, em discussão baixa, até que se elevam.

"Hora de ligar!" Eles vêm abrir a porta, e pisco bastante, por estar escuro aqui. "Números" exige, e aponta um celular pra gente.

Eu e Sam nos entreolhamos, tentados a recusar, mas sabemos que vai ser pior.

Consegui decorar o celular de Tom, e o disco, chegando perto pra poder usar os dedos, mesmo estando um pouco dormentes.

Volto pra perto de Sam me arrastando, no nosso canto, bem longe deles. Me perdoe, Tommy, pelo susto que você vai levar...

Um deles vem, e mordaça a gente, pra impedir de falar coisas, com certeza, ou por que querem mesmo.

Deus, que nojo... Vai saber onde esses panos ficaram antes de virem até nossas bocas.

Ele pressiona o botão verde, ligando. Coloca no viva voz já que ouvimos o típico barulho de chamada ecoar ao nosso redor, enquanto esperamos em silêncio e ansiosos pelo que vai acontecer a seguir...

"Alô?" A voz de Tom pergunta, e mordo o pano com raiva.

"Olá senhor Holland, acredito que já saibam da situação" o líder diz, sorrindo pra gente.

Apenas faço uma cara de nojo, e desprezo.

"Onde eles estão?! Por favor, não machuquem eles" ele diz praticamente implorando...

"Bem, sobre isso, vai ser sobre mim, não é? Enfim, eu quero uma coisa, de vocês, e se não me derem, vai haver consequências..."

"O que querem? Dinheiro?" Ele pergunta.

"Milhões, senhor Holland, milhões... Estamos falando de milhões aqui, ou nada feito" nos olham agora, e nos encolhemos, longe deles.

Como se isso vá ajudar.

"Quanto?"

"Ainda estamos debatendo sobre isso, aguarde nossa ligação, entraremos em contato brevemente" ele diz, desligando quando Tom ia dizer algo, o cortando antes que termine a palavra.

"Ele já deve ter chamado a polícia, cara" um deles diz, nenhum nome foi dito ainda.

"Sim, eu sei. Nós sabemos, todo mundo sabe. Eles não podem rastrear, vamos mudar de número e aparelho na próxima ligação, destrua esse" entrega pro amigo, que joga no chão pisando em cima, o barulho do vidro da tela se quebrando. "E vocês, se comportem"

Mais uma vez, fica só nós dois aqui, agora amordaçados.

Me encolho em um lugar com frio. Devem ser umas seis e meia e já está escuro e frio.

Mais silêncio, mais vozes baixas, mais tempo sem nada, mais tempo sem ajuda, mais tempo com eles...

De repente a porta abre, revelando um deles, que nos olham com raiva. Por favor, que não tenham descoberto sobre o celular, por favor...

"Você, bonitinha, vem com a gente" ele diz, se aproximando e me encolho, ainda mais na parede.

Sam tira sua mordaça "deixa ela em paz" diz, entrando (mais ou menos) na minha frente.

"E o que vai fazer, seu idiota?!" Vocifera, seu cuspe chegando até nós. "Sai da frente"

"Não, deixa ela em paz" mantem sua pose.

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