Capítulo 64

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A enfermeira começa a medir minha temperatura, pressão, coração... Tudo como sempre, e enquanto isso, ouvimos MJ chorar.

"Banho, com certeza" a moça diz, e rimos "eu sou Amanda, a propósito" sorri simpática. "Amanda Lowless"

"Mila Holland" pego sua mão, e a aperto. "Mas isso com certeza você já deve ter percebido..."

"É, eu sei..." Sorri com vergonha "eu vejo suas redes sociais e stories. T- seu marido é muito engraçado" fica vermelha, voltando a mexer nos instrumentos para tentar disfarçar a vergonha.

"É, ele é" assinto, dando um sorriso bobo. Nessa hora, ele entra, carregando as minhas coisas e de MJ, além de com outra roupa. "É meu moletom?!" Aponto pras suas calças.

"Desculpe" diz se aproximando, dando um sorriso simpático pra Amanda "ou era pegar suas roupas, ou ir pra casa, e não vou te deixar sozinha" pega minha mão, dando um beijo nela.

"Obrigada" aperto sua mão, e ele se senta na poltrona ao lado da cama.

"Eu ouvi ela chorando, o que foi?" Pergunta preocupado.

Amanda apenas me dá um sorrido contido "provavelmente banho, os bebês odeiam" ela guarda seus instrumentos na bandeja de metal. "Logo Bernadeth vai trazê-la, não se preocupe senhor Holland. Ela está em boas mãos" ela sorri antes de sair, e fechar a porta atrás de si.

"Nem quero ver como vai criá-la, em uma caixa de vidro provavelmente" resmungo, e ele sorri com vergonha. "E nem parece que já teve três irmãos mais novos"

"É diferente. Eu amo meus irmãos, e quando eram pequenos, faria de tudo por eles. Mas com MJ é diferente, ela é minha filha..." Dá de ombros corando levemente "e você, como está? Ela não disse nada não, não é? Está bem?"

Apenas passo minha mão em seus cabelos, meu dedão acariciando a maçã de seu rosto agora "eu to bem, só cansada" apoio a cabeça no travesseiro fofo. "E você?"

"Traumatizado... Nunca mais vou querer olhar pra sua b-" apenas lhe dou um safanão na nuca e ele ri, mas parece cansado também. "Também nunca mais vou olhar um frango sem me lembrar de você toda... Estranha" se estremece, fazendo uma careta estranha e engraçada.

Acabo soltando uma risada cansada "perdão, foi a primeira coisa que veio na cabeça pra comparar. Me desculpe" acaricio seu cabelo.

"Só vou ficar um tempo sem comer frango, apenas isso" sorri fofo, e apoia a testa na minha cama. Suspira pesadamente. "Eu achei o celular, consegui avisá-los." Sorri mais largo agora "eles estão vindo pra cá ao invés de irem em casa"

"Tá, obrigada" sorrio.

A porta abre, e a Bernadeth entra empurrando um carrinho com um berço de acrílico transparente "olha quem veio dizer oi" ela diz, e o aproxima da gente, enquanto isso, Richard, meu médico entra atrás.

Tom mais do que depressa, vai vê-la, se coçando de vontade de a pegar, que resmunga e choraminga baixo dentro do berço.

"Ela está bem, doutor? Por ter sido normal, eu quero dizer" pergunto enquanto Tom realmente a pega, com prática e cuidado.

"Bem, eu fiz todos os exames que pude aqui, assim práticos pelo menos. Ouvi o coração e bate perfeitamente bem. Pulmões funcionando normalmente, ela parece, realmente saudável" ele diz, colocando as mãos nos bolsos do jaleco branco.

"E os olhos...?" Tom pergunta, agora vindo se sentar do meu lado, na poltrona, ainda a segura e ela segurando o dedo dele, com os olhos abertos e despertos, curiosos mas ainda embaçados com certeza, resmungando em sua linguagem de bebê. "Mila disse que isso as vezes pode significar uma doença" pergunta apreensivo e agora também fico.

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