Capítulo 56

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Umas Semanas Depois


"Sabe, eu acho que tudo o que indica, é que hoje to com vontade de comer bolo" comento, imaginando o mousse de dentro de chocolate, macio e aerado. Delícia...

Até sinto o gosto na minha língua e fecho os olhos.

"Isso não me surpreende" Sam diz, colocando uma das caixas cheias com algumas de nossas antigas coisas no chão, e lhe dou um sorriso animada. "Você sempre tem vontade de comer alguma coisa."

Hoje estou empacotando o resto das nossas coisas que ficaram no apartamento, já que Sam e Mary se casaram por esses meses, e Tom deu o apartamento pra eles de presente.

Mary nos chama na cozinha, pra poder fazermos um lanche antes de continuar com a empacotação.

Minutos depois, eu entro no quarto, e a janela está aberta, aquela que dá acesso a escada de incêndio. Eu não deixei a janela aberta.

Franzo o cenho tentando lembrar se estou ficando louca a ponto de esquecer as coisas assim ou alguém a abriu.

Eu não deixo muito tempo aberta por causa do vento. Aqui em cima no prédio é um pouco estranho.

Uma mão segura minha boca, e a outra pressiona algo gelado em meu pescoço.

Arregalo os olhos e seguro o braço da pessoa, respirando fundo.

"Se falar, você morre" uma faca, em meu pescoço. "Se gritar, você morre" ele sussurra.

Apena resmungo um ok, ficando quieta. Meu coração batendo rápido em meu peito.

Merda, merda, merda...

Que porra tá acontecendo aqui?!

"Eu só quero uma coisa, e uma somente... Dinheiro. Onde ele fica?" Pressiona mais forte a faca em meu pescoço, e noto ser as costas dela.

"Não-" tento dizer mas não consigo.

"Não o que?" me aperta mais, me puxando pro canto escuro.

"Afi não" tento ser o mais clara possível, com os dedos nojentos dele tapando minha boca.

Ele tira, me deixando respirar melhor "aqui não tem nada" digo baixo, ofegante e assustada.

"É o que veremos" ele me leva, me arrastando com ele, me seguindo pelo apartamento...

Droga, a Amora tá aqui.

"Meninos, vamos prosseguir" ele diz, mas acredito que não seja pra mim. "Aí, você, mãos pra cima!" Ele diz apontando a faca pra Sam na sala, me puxando mais contra si.

"Ma-"

"De joelhos, agora!" Ele grita, em meu ouvido.

Sam cumpre, ficando de joelhos, as mãos pra cima, e o cara ainda me segura.

Bucky e Tessa começam a latir e querer avançar nele, rosnando e mostrando os dentes. E ele me aperta mais.

Mary tá na sala também, e a Amora tá com ela, no colo. Ambas ficam em choque sentadas no sofá uma abraçando a outra com medo.

Os outros comparsas dele, três, aparecem, com armas pesadas e roupas pretas pelo corredor.

"Fala pro cachorro ficar quieto, ou eu mato" ele diz baixo no meu ouvido, e fecho os olhos.

"Bucky, para" digo, depois de respirar de uma forma trêmula.

"Muito bem, cachorro obediente. Agora, queremos o dinheiro, onde fica?!" Ele me aperta mais, machucando minha garganta na pressão.

AssistantWhere stories live. Discover now