Capítulo Dezessete

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Carmuel So-jeff:

— Então, o salvador da criança dos deuses veio ao resgate — O homem fortemente armado disse, soltando uma risada sinistra. — Que a diversão comece.

— Carmuel! — Rol gritou, uma expressão de dor contorcendo seu rosto.

Observando as cicatrizes em seu pescoço e bochecha, uma onda de fúria percorreu meu corpo. Como esses cretinos ousaram infligir tal violência a Rol, rosnei involuntariamente.

— É tão reconfortante ver o alfa vindo em socorro do pobre Beta! — Aquele homem disse, seu olhar alternando entre mim e Rol. — Lembro de uma época em que alfas e betas se detestavam, mas as coisas mudaram, devo dizer.

— Eu vi você matar — Falei, encarando-o com raiva. — Não posso permitir que saia impune por invadir minha alcateia! Vai se arrepender por ter machucado o Rol e deixado essas cicatrizes nele.

O homem riu, suas armas balançando com desdém.

— Acha que você, um alfa, pode derrotar um Deus caído? — Perguntou, estufando o peito. — Antes, deixe-me apresentar-me. Sou Georgios, o próximo Deus dos Sonhos.

— Que se dane o que você é! Que se dane quem você vai se tornar! — Falei, minha voz impregnada de raiva. — Pode vir para cima!

Ele lançou um olhar para dois homens, que se moveram em minha direção com uma fluidez quase imperceptível. Avancei com determinação na direção do homem, garras erguidas, pronto para o confronto.

Desviei dos golpes desajeitados do capanga, que segurava sua lança de maneira inexperiente. Com um movimento rápido, afundei minhas garras na garganta dele, sentindo o calor do sangue escorrer entre meus dedos enquanto ele emitia um rugido interrompido.

O capanga se engasgou, seus olhos girando até ficarem completamente brancos, e ele caiu de joelhos, mãos pressionando desesperadamente sua garganta perfurada. Um líquido escarlate pulsava entre seus dedos e as pontas das minhas garras.

Uma tentativa de fala foi sufocada por uma linha fina de sangue que escapou de seus lábios. Suas mãos escorregaram para fora de sua garganta, e ele desabou no chão como uma árvore tombando.

— Oh, eu — Georgios falou, observando com desgosto contido o corpo caído de seu subordinado. — Que desagradável.

— Estão mexendo com o alfa errado. Sou Carmuel So-jeff, o jovem soldado — Afirmei, limpando as garras em minha camiseta.

— Vamos ver até onde você aguenta — O possível Deus dos Sonhos falou, avançando em minha direção.

]Georgios avançou com uma graciosidade sinistra, seu olhar transbordando confiança. A proximidade do confronto era palpável, e a tensão no ar aumentava a cada passo que ele dava em minha direção.

Ergui minhas garras, preparado para o embate iminente. Georgios desencadeou uma série de movimentos fluidos, sua destreza revelando habilidades além do comum. Nossos corpos se entrelaçaram em uma dança mortal, movendo-se rapidamente entre golpes e esquivas.

Seus ataques eram precisos e calculados, mas eu conseguia desviar e contra-atacar com agilidade. Trocamos golpes, cada um buscando explorar a fraqueza do outro. Georgios, porém, era mais do que um mero adversário habilidoso. Seu poder transcendia o físico, e em momentos de proximidade, eu sentia uma influência perturbadora tentando penetrar em minha mente.

Apesar da intensidade do combate, meu foco permanecia em proteger Rol e derrotar aquele que ousou ameaçar minha alcateia. A fúria impulsionava meus movimentos, enquanto eu resistia às investidas psíquicas de Georgios.

O Jovem Soldado(ABO/MPreg)Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz