Capítulo Quarenta e Sete

641 141 1
                                    

Rol Fisher:

Voltamos para casa e eu comecei a considerar a possibilidade de convocar uma reunião com a alcateia dos So-jeff e os betas novamente. Sabia que isso exigiria uma oportunidade propícia.

Era evidente que não seria uma tarefa simples. No começo, percebi que seria crucial esperar pelo momento ideal para colocar essa ideia em prática, especialmente considerando que os betas estavam afastados do local há muito tempo ou eram relegados a segundo plano. Consciente da complexidade da situação, sabia que precisaria abordar a questão com sensibilidade e estratégia. Era crucial não apenas convocar a reunião, mas também garantir que todos os membros da alcateia estivessem dispostos a participar e colaborar.

Além disso, reconheci a importância de oferecer uma justificativa sólida e persuasiva para a reunião. Afinal, precisávamos abordar questões pendentes e potenciais conflitos dentro da alcateia, restaurando a harmonia e a cooperação entre os So-jeff e os betas.

Portanto, preparei-me para comunicar minha proposta de forma clara e convincente, destacando os benefícios de restabelecer a união e a coesão dentro da alcateia. Estava determinado a encontrar o momento ideal para agir, assegurando que a reunião fosse um passo significativo em direção à reconciliação e ao fortalecimento do grupo.

Com a ajuda de Carmuel, que me auxiliou a descer do carro com toda a cortesia de um verdadeiro cavalheiro, eu me preparei para falar, abrindo a boca e articulando minhas palavras de forma clara e tranquila:

— Já fazia muito tempo que eu não saía, mas foi uma experiência muito gratificante antes de retornarmos à agitação do nosso dia a dia — disse eu, enquanto Carmuel assentia em concordância.

— Se quiser, podemos ir novamente um dia. Garanto que as coisas vão ficar mais calmas — ele disse, mas percebi que nem ele mesmo acreditava que isso aconteceria tão cedo, afinal, tínhamos muitas coisas para fazer.

— Quem sabe algum dia — respondi, deixando em aberto a possibilidade de uma nova aventura no futuro.

Entrando na mansão, Carmuel seguiu-me com uma expressão pensativa. Alguns funcionários nos cumprimentaram respeitosamente, e notei que inclinaram a cabeça com tanto respeito que deve ter causado certo desconforto no pescoço. Santiago e Rol foram verificar se conseguiam resolver o que estava acontecendo com eles depois de terem bebido as bebidas das fadas.

— Com licença — disse Carmuel, passando o braço em volta da minha cintura. Porém, logo ficou um pouco envergonhado por sua ação. — Você não vai ficar bravo por eu ter feito isso?

— Sabe — respondi, enquanto ele se apoiava em mim. — isso até me tranquiliza. Ainda estou tentando acreditar no que tem acontecido conosco nos últimos dias. É algo realmente louco quando paramos para pensar.

Carmuel olhou para mim com ternura, seus olhos transmitindo um misto de preocupação e carinho. Em meio àquele momento, o calor de seu toque em minha cintura parecia transmitir uma sensação reconfortante.

— Mesmo com toda essa loucura, estou grato por ter você ao meu lado — ele disse suavemente, seus lábios curvando-se em um sorriso gentil.

O ambiente ao redor parecia se aquietar, como se o tempo tivesse desacelerado apenas para nós dois. Em meio à tranquilidade da mansão, nossos corações pareciam bater em uníssono, compartilhando uma conexão que transcendia as palavras.

— Eu também estou grata por você, Carmuel — murmurei, sentindo meu coração se encher de calor diante de sua expressão amorosa.

Por um momento, perdemos-nos um no olhar do outro, mergulhando em um oceano de sentimentos compartilhados. No silêncio reconfortante daquele instante, o mundo exterior parecia desaparecer, deixando apenas nós dois, envoltos na magia do amor que florescia entre nós.

O Jovem Soldado(ABO/MPreg)Where stories live. Discover now