09. OS DURKHEIM

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Concluí sozinho que passaria o final de semana com minha mãe no hotel e que veria meu pai e sua família apenas no momento em que tivesse de atuar ao lado deles como o quarto e inconveniente "herdeiro" Durkheim

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Concluí sozinho que passaria o final de semana com minha mãe no hotel e que veria meu pai e sua família apenas no momento em que tivesse de atuar ao lado deles como o quarto e inconveniente "herdeiro" Durkheim. Porém, quando chegamos à Dominique após uma longa viagem de carro, não foi na frente do hotel que o motorista do carro parou e sim em um estacionamento de um prédio tão luxuoso quanto, mas menor.

"Por que nós viemos para cá?".

Charles não estava tão falante quanto nas outras vezes em que nós dois nos vimos, então eu havia decidido ficar quieto e apenas ouvira minhas músicas ao longo de todo o trajeto até aqui. No entanto, vi o fato dele me trazer para um lugar desconhecido como quase uma obrigação de abrir a boca.

"Estou seguindo ordens do seu pai, lorde Henry", foi tudo o que ele me respondeu antes de sair do carro e ser seguido pelo motorista, o qual logo foi retirar a minha bagagem do porta-malas.

Sem parecer ter alguma outra opção, eu os segui. Charles já levava minha mala e minha mochila em direção ao que supus ser um elevador, mas logo me apressei em pegá-las dele.

"Suponho que a minha mãe não faça a menor ideia de que estou aqui, não é?".

Charles não me responde. Ele foi designado a servir a Carrie e a mim, mas fica cada vez mais óbvio que não segue a ninguém, além do meu pai.

"Vossa graça poderá avisá-la depois que for acomodado. Nós dois temos que subir agora".

"Para onde?", eu retruco, sem fazer menção alguma de arredar o pé de onde estou sem saber ao menos isso. "Aonde exatamente nós estamos?".

"Na casa dos Durkheim, em Dominique", Charles diz, e juro que acho que ele parece prestes a perder a paciência comigo. "Agora, por favor, lorde Henry, acompanhe-me. Já estão todos o aguardando e, definitivamente, eu não sou o mais indicado para tirar as suas dúvidas. Se tiver mais perguntas, faça-as direto a fonte".

Ele não parece alguém a quem deva contrariar agora, então assinto. De qualquer forma, Charles está correto sobre a quem devo direcionar as minhas perguntas, de fato.

"Está bem", cedo.

Ele faz menção de pegar minha bagagem de novo, mas me esquivo e Charles entende o recado. Com a expressão neutra de sempre, ele indica o elevador e eu o sigo até ele. Dentro do lugar, Charles aperta o botão com o número 10, que é o último, e então começamos a subir.

"Todos estão mesmo me esperando?", agora que sei o que vim fazer, sinto uma súbita ansiedade me tomar.

Eu havia me preparado mentalmente para encontrar os Durkheim desde que soube do jantar, mas agora parece que foi em vão quando sinto que fui pego desprevenido de qualquer jeito.

"Lady Sara preparou um jantar de boas-vindas".

A resposta de Charles soa surreal o suficiente para que eu fique o olhando à espera de que revele ser só uma piada sem graça. No entanto, ele não o faz, e logo as portas do elevador se abrem para um hall iluminado quando chegamos ao décimo andar. Um andar inteiro onde há apenas uma porta, indicando existir só um apartamento.

SOBRE UM FALSO LORDE E A PRINCESA DE GELO [COMPLETO] Where stories live. Discover now