14. PREOCUPAÇÃO

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A imagem de Amelia com os olhos lacrimejando depois que a sua avó nos pegou juntos não sai da minha cabeça

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A imagem de Amelia com os olhos lacrimejando depois que a sua avó nos pegou juntos não sai da minha cabeça. A coisa toda foi bem feia, considerando que eu nunca fui tão insultado em toda minha vida como fui por aquela mulher, mas nem sequer consigo ter pena de mim mesmo sobre isso. Só consigo pensar na Amelia e me perguntar se está tudo bem com ela.

Quando cheguei em casa ontem à noite, muito depois de tê-la visto ir embora do jantar com os avós, vim direto para o meu quarto com a intensão de telefonar. Havia cerca de dez ligações perdidas da Amelia me esperando, então pensei que conseguiríamos nos falar ao menos por telefone, mas quando tentei retornar a chamada, ela não atendeu.

Ousei ficar cerca de uma hora fazendo ligações a cada cinco ou dez minutos até me convencer de que talvez ela houvesse adormecido. Com isso em mente, cochilei durante o restante da noite, mas acordei bem cedo e tentei contatá-la de novo e de novo e de novo. A manhã inteira e nada, o que me faz sentir que, aos poucos, eu estou enlouquecendo de preocupação.

Tento agir normalmente perante aos Durkheim, para não causar mais nenhum transtorno depois do escândalo feito por Carrie ontem. Mas acho que não sou tão bom ator quando imaginava. Durante o almoço, quando estamos todos reunidos em volta da mesa em um silêncio quase sepulcral, sinto Sara me observando com cara de quem sabe das coisas:

"Henry", ela me chama.

"Senhora?".

"Tem alguma coisa te incomodando?".

De repente, não apenas ela me observa, mas todo mundo.

"Só estou um pouco cansado...", eu desconverso.

"Tem certeza?", Sara soa tão amável que seria muito fácil pensar que realmente gosta da minha presença.

"Sim. Vou ficar bem se dormir um pouco".

Não é como se fosse compartilhar na mesa do almoço que estou vivendo um possível romance proibido, no maior estilo Romeu e Julieta, em que os avós da garota que gosto aparentemente me acham um aproveitador bastardo maldito. Dentre outras coisas ditas pela avó de Mia, que é melhor nem relembrar.

"Eu o levarei de volta para o instituto hoje, ao final da tarde", de repente, George anuncia.

"Por quê?", é claro que a minha reação inicial seria a de estranhamento. "Aconteceu alguma coisa com o Charles?".

"Eu não posso querer passar um tempo com o meu filho?", se George fosse um pai presente, eu nem sequer estranharia, mas como não é o caso...

Felizmente, eu não sou o único que o observa como se ele fosse um tremendo cara de pau. David e Lucas esbanjam expressões semelhantes à minha, Sara balança a cabeça em negação e Tobias chega a rir, como se não pudesse acreditar no que ouviu.

SOBRE UM FALSO LORDE E A PRINCESA DE GELO [COMPLETO] Onde histórias criam vida. Descubra agora