19. ACIDENTE

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Fico o domingo todo esperando um momento adequado para abordar Henry e tentar seguir o conselho de Cassie e Ren sobre conversar com ele e acertar as coisas entre nós, mas me pego em um impasse quando só o encontro acompanhado de algum dos membros ...

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Fico o domingo todo esperando um momento adequado para abordar Henry e tentar seguir o conselho de Cassie e Ren sobre conversar com ele e acertar as coisas entre nós, mas me pego em um impasse quando só o encontro acompanhado de algum dos membros do seu grupo, o que me mantém afastada. Para mim, já será difícil o suficiente ter de encará-lo depois de apenas ter fugido em nossa última conversa, mas fazer isso com uma plateia... Acho que é exigir muito de mim mesma. Ou talvez eu seja só covarde, o que chega a ser uma opção mais viável.

"Sério, Mia, de hoje essa conversa não pode passar. Eu já estou farto disso e sou apenas um telespectador da história!", por ligação, Cepheus me repreende. Ele vem me ligando todos os dias, a quase todo momento, depois de Ren ter voltado para Dominique e dado com a língua nos dentes a respeito de nosso sábado em Northenrose e a tentativa desastrosa dele de me distrair. "Se você permanecer ruminando a dúvida, nunca vai sair do lugar".

"Eu sei", murmuro, sentindo-me derrotada antes mesmo de tentar. "Sei que estou agindo como uma garotinha ao não querer consertar algo que eu mesma causei e ficar sofrendo por isso".

"Não é como se o Henry pudesse fazer muito. Ou ele te perdoará ou não".

"Mas é o não que me assusta".

"Ainda assim, ele é só uma possibilidade. Você nunca saberá a resposta concreta se permanecer atrasando o inevitável".

"Eu sei".

"Então, se sabe, trate de se arrumar para mais um dia na Alewood, e então aborde o lordezinho na primeira oportunidade que conseguir, com amigos por perto ou não".

"Mas e se ele não quiser falar comigo?", eu começo a pensar nas piores possibilidades possíveis, as quais sempre me fazem voltar atrás e permanecer na estaca zero.

"Você faz o que estiver ao seu alcance, Mia. Se ele não quiser falar com você, então é a escolha dele e você terá de aceitar, mas, pelo menos, também terá tentado. Não ficará mais só no maldito campo das possibilidades".

"Certo", eu tento me convencer diante do fato de que Cepheus sempre parece saber como rebater toda dificuldade que cogito. "Vou procurar o Henry hoje. Não vou voltar atrás de novo", não sei se estou tentando convencer a ele ou a mim mesma ao afirmar isso. "Depois a gente se fala, Ceph".

"Com você me dando boas notícias, eu espero. Até mais, Mia".

"Tchau, Ceph".

Com o fim da ligação, deixo o celular de lado e termino de me arrumar para mais um dia de aulas ao colocar o blazer azul do uniforme por cima da camisa branca. Feito isso, apenas penteio o cabelo, deixando-o solto, e então saio do quarto.

É de manhã bem cedo, então a circulação de alunos pelo instituto ainda é pequena. Eu adoraria poder apenas esbarrar com Henry pelo corredor entre os dormitórios feminino e masculino, mas é uma chance quase nula quando ele é sempre um dos últimos a aparecer no refeitório. Minha melhor chance de abordá-lo é quando o sinal para a primeira aula tocar e todos saírem do refeitório para seguirem rumo às suas respectivas salas. Por isso, se tentar pensar com otimismo um pouco, é até melhor comer mais cedo e me preparar mentalmente para o momento de agir. Mas parece que a vida também não gosta de colaborar quando estou disposta. Na escada entre o segundo piso e o térreo, sou abordada pelo professor de química, o Sr. Petrich:

SOBRE UM FALSO LORDE E A PRINCESA DE GELO [COMPLETO] Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora