Capítulo 15

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– Você já está avisado, não vou mais perder meu tempo. Fique longe da Any e eu manterei meus punhos longe dessa sua carinha feia – ele deu dois tapinhas na bochecha e saiu rindo, me deixando borbulhando de raiva ali.

– Eu vou matar esse desgraçado! – grunhi, me levantando, mas krys me impediu de avançar quando colocou uma de suas mãos em meu peito, me mantendo parado. Ele me encarou sério e eu podia ver um pouco de irritação em seus olhos, o que só me deixava com mais raiva.

– Para com isso, josh. Se você for atrás dele vai apanhar mais – ele fez cara de tédio, empurrando meus ombros até que me sentasse em uma das cadeiras que havia por ali. O movimento no bar já tinha voltado ao normal  Brigas como aquelas eram comum naquela cidade.

– Você está me chamando de fraco? – arqueei as sobrancelhas, de repente sentindo uma vontade enorme de bater em krys também.

– Não, só estou dizendo que sua cara já está ruim o suficiente. Agora se acalma, foi você quem procurou isso – ele se sentou ao meu lado.

– Eu sabia que se meter com aquela garota ia dar problema – lamar murmurou, rindo sarcasticamente.

Ele tinha razão, a culpa de tudo aquilo era da patricinha desgraçada da any. Noah estava morrendo de amores por ela, por isso tinha ficado tão revoltado

Ela era apenas uma mimada retardada que iria ficar chorando pelos cantos, ela era esperta, provavelmente estava manipulando aquele idiota como se fosse seu brinquedinho, mas ela ia me pagar.

Levantei-me da mesa sem dizer nada e fui andando pela rua calmamente, até chegar à velha caminhonete enferrujada que o pai dela me emprestava de vez em quando.  Meus dedos seguravam o volante com força e estavam ganhando uma cor arroxeada devido aos socos que eu tinha dado em noah. Bufei e voltei a me concentrar na estrada, alguns minutos depois eu já estava passando pelas porteiras da fazenda de Silvio e estacionando em frente ao celeiro.

Shivani e Bailey estavam do lado de fora da casa, com um livro em mãos. É claro que any não estava ali, seria estranho vê-la misturada com os caipiras, como ela adorava chamar a todos.

Era incrível como muitas coisas sobre ela tinham o poder de me irritar. Aquela sua mania de se achar superior e parecer sempre perfeita me davam nos nervos, eu não conseguia entendê-la. Queria que por um momento ela deixasse aquela máscara de patricinha mimada cair, então talvez eu não tivesse tanta implicância com ela.

– O que aconteceu com você? – Shivani perguntou assim que eu me coloquei pra fora da caminhonete.

– Me meti em uma briga – dei de ombros, fazendo careta ao sentir meus músculos reclamarem. Merda.

– Com quem? – ela perguntou. Agora Shivani e Bailey vinham em minha direção, me olhando como se eu fosse um ser de outro planeta.

– Não te interessa, Shivani – disse ríspido, jogando as chaves do automóvel pra ela – Entrega isso pro seu pai, tá bom? – arqueei as sobrancelhas, esperando uma resposta, mas ela apenas assentiu enquanto encarava seus pés.

Eu não queria ter sido grosso com ela, mas eu estava estressado e não queria Shivani se metendo em minha vida.

Fui caminhando até minha casa. Tirei minha camisa assim que passei pela porta de meu banheiro, abrindo o chuveiro na água fria e deixando a mesma cair em meu corpo.

Os machucados em meu rosto ardiam e o sangue seco grudado em meu corpo foi levado pela água, me deixando limpo novamente. Eu ainda estava bufando de raiva, duvidava que aquilo fosse passar tão cedo.

O Caipira - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora