O Caipira - Beauany

Capítulo 24

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– Venha pra cá ou eu juro que vou te pegar – meu pai disse entre dentes. Eu sabia que ele estava pronto pra partir pra briga se aquilo fosse preciso pra me proteger, mas eu não queria de jeito nenhum que aquilo acontecesse.

Eu não queria Josh entrando em uma briga por minha causa, ainda mais com meu pai, por mais que ele fosse um idiota e merecesse levar uns murros, eu sabia que violência nunca era o caminho.

– Eu vou, mas só se você deixar josh em paz e manter esses seus punhos sujos longe dele – disse, olhando pra Josh, que me encarava de volta.

– Tudo bem. Não preciso perder meu tempo batendo nesse bastardo.

– Eu não te quero longe de mim, princesa – ele murmurou

– Eu sei, mas esse velho babaca não vai nos deixar em paz – segurei o rosto de josh em minhas mãos e fiquei na ponta dos pés pra plantar  um beijo em seus lábios – Vou ficar bem – sorri, dando alguns passos e atravessando a sala, indo contrariada até silvii. Ele agarrou meu braço quando cheguei perto o suficiente, me arrastando pro seu lado.

– Solta ela! – Josh deu um passo à frente e eu lhe lancei um olhar querendo que ele continuasse onde estava.

– Quem dá as ordens aqui sou eu – meu pai riu, sarcástico. Eu queria socar a cara dele com toda a minha força, mas seu aperto em meu braço impedia que eu me movesse muito.

Ele começou a me arrastar até a porta, parando na mesma pra olhar com raiva pra josh – Faça suas malas, você está indo embora em meia hora. Está despedido seu moleque.

– O quê? – eu gritei quando Silvio me puxou pra fora, batendo a porta da casa de josh – Você não pode fazer isso. Me solta! – gritei mais alto, atraindo a atenção dos empregados que continuavam ali.

O sol já tinha ido embora e o céu estava tingido de um cinza azulado acima de nossas cabeças. Eu puxei violentamente meu braço de seu aperto, conseguindo me libertar.

– Eu posso fazer o que eu quiser – um sorriso vitorioso se formou em seus lábios, eu queria arrancá-lo de lá com minhas próprias unhas. Vi minha madrasta carla e bailey se juntarem á Shivani, parada a alguns metros, observando tudo aquilo com um sorrisinho idiota.

– Foi você, não foi? Você contou a ele! – gritei pra ela, vendo-a se encolher e piscar rapidamente.

– Eu só fiz o que achei que era certo – Shivani murmurou baixinho e calmamente, me fazendo parecer uma louca desequilibrada. Eu não ligava, naquele momento, eu era mesmo.

– Você vai me pagar, sua caipira desgraçada! – parti pra cima dela, mas não fui muito longe. Silvio me segurou e minha madrasta e bailey fizeram um escudo em volta de Shivani, me olhando alarmados.

– Pare com isso, Any! – eu lutava contra os braços de meu pai, querendo mais que tudo bater em alguém.

– Você não pode mandá-lo embora, está me ouvindo? Não pode! – me voltei pra ele, socando seu peito com toda a minha força.

Silvio me segurou pelos ombros e me afastou, me encarando com impaciência. Lágrimas já tinham brotado de meus olhos e escorrido por minhas bochechas há muito tempo, mas aquela minha histeria só piorou enquanto encarava os olhos daquele homem que eu tanto odiava.

– Eu já o mandei embora, pare com essa choradeira. Eu te avisei e você me ignorou, a culpa é sua – meu pai falava calmamente, mas seu olhar era duro e sério.

– Por favor, não o mande embora – eu solucei – Por favor – implorei.

– Any, não vale a pena – ouvi a voz de josh me chamar e olhei para o lado, vendo-o parado ali.