Capítulo 29

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(..)

- Sei que nós nos envolvemos rápido demais, nem conhecemos um ao outro direito. É obvio que eu me enganei em relação a você... E talvez você tenha se enganado em relação a mim também, porque não consegue confiar em minha amizade com noah - any disse, olhando a estrada enquanto meus olhos estavam fixos em seu rosto..

Ela se recusava a me olhar - Eu com certeza não amo esse josh estúpido e que me trata de forma tão rude - sussurrou, soando realmente magoada.

Tudo bem, eu admito, não devia ter mandado any calar a boca ou ter sido tão idiota e ter feito esse showzinho, mas eu estava louco de ciúmes, aquilo estava me corroendo por dentro. Não era segredo nenhum que eu não gostava de noah e ver princesa, tão preocupada e chorando por causa daquele idiota tinha me deixado cego.

Ver any daquele jeito, duvidando de nossos sentimentos, parecendo magoada e dizendo que não me amava... Era demais pra mim, doía demais.

Eu queria pedir desculpas, enchê-la de beijos e carinhos assim como ela merecia, mas era orgulhoso demais pra isso. Eu não daria o braço a torcer.

- Que seja - foi a única coisa que respondi, cruzando os braços e voltando a encarar o lado de fora.

Um clima tenso se instalou entre nós, havia tantas palavras que não foram ditas pairando no ar, mas nós dois ficamos quietos, acho que com medo de nos machucarmos ainda mais.

Felizmente, já estávamos quase chegando em Colleyville, o caminho não era longo e any estava realmente dirigindo como louca. Me deixava com mais raiva ainda saber que aquela pressa era por causa dele, o desgraçado do Noah.

Eu tinha certeza de que não era nada demais, mas por um segundo desejei que fosse. Desejei que estivesse sofrendo a pior dor do mundo, ele merecia aquilo por ter feito com que eu e any discutisse. A culpa era toda daquele idiota.

- Seu pai não disse o que aconteceu? - perguntei depois de um tempo, acabando com o silêncio tenso que nos envolveu.

- Um acidente de carro ou coisa do tipo... Não prestei muita atenção - ela disse e eu bufei, revirando os olhos.

- Como sempre - murmurei baixinho.

- O que você disse?

- Nada, esquece - cruzei os braços.

- Você está agindo como uma criança - any sacudiu a cabeça negativamente, fazendo cara de tédio.

- Any, será que dá pra ficar quieta? Eu realmente não quero conversar - respirei fundo, tentando me acalmar.

- Mas eu quero!

- Nem tudo tem que ser como você quer, any!

- Mas...

- Mas nada - a interrompi rudemente - Você é infantil mimada que não aceita ser contrariada, mas eu não estou nem aí. Se quiser conversar, converse sozinha. Eu não poderia ligar menos.

Murmurei e desviei o olhar de seu rosto, suspirando pesadamente. Felizmente, acho que any me entendeu, pois ela não voltou a falar. Queria não ter sido tão rude e estúpido, mas eu realmente estava bravo com ela.

Logo estávamos dentro da cidade e pelo caminho que any tinha tomado eu podia dizer que estávamos indo para o pequeno hospital de Colleyville. Eu não queria fazer uma visitinha pra desejar melhoras a Noah, mas também não pedi pra any parar o carro pra que eu pudesse descer.

Não queria deixá-la sozinha com ele, ou pior, não queria que ela enfrentasse Silvio sozinha, caso ele estivesse ali.

Ela procurou por uma vaga no estacionamento do hospital, parando ao lado do prédio principal. Descemos em silêncio, batendo as portas quase que ao mesmo tempo, e eu segui any pra dentro, quase correndo pra conseguir acompanhá-la.

O Caipira - BeauanyWhere stories live. Discover now