Capítulo 25

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(..)

– Você não está morrendo, ouviu? – funguei, respirando fundo – Você não pode morrer, mamãe, é a única pessoa que eu tenho e que se importa comigo.

– Eu preciso ir – ela sussurrou depois de um tempo em silêncio – Eu te amo, baby.

– Te amo mãe – sussurrei de volta, finalizando a ligação. Eu tinha ligado pra minha mãe a fim de ficar melhor, mas aquela conversa tinha me levado ao fundo do poço.

Eu nunca tinha me sentido tão sozinha em toda minha vida.

Sacudi a cabeça, mandando meus pensamentos pra longe. Enxuguei meu rosto com a manga da blusa, me colocando de pé e indo até o banheiro, jogando água gelada no rosto, o que ajudou a diminuir um pouco o inchaço de meus olhos. Eu estava um horror.

Uma parte de mim ficou feliz por josh não estar ali, assim ele não precisaria me ver naquele estado. Mas, é claro, a outra parte de mim precisava dele. Suspirei pesadamente, me encarando no espelho, tendo uma ideia maluca.

Eu não ficaria naquela droga de fazenda nem mais um segundo, iria encontrar josh, onde é que ele estivesse, e iríamos ficar juntos, mesmo que pra isso tivéssemos que ir pra longe dali.

Um sorriso se formou em meu rosto enquanto eu levava minhas malas até meu carro, as jogando no banco de trás. A adrenalina corria por minhas veias enquanto passava a toda velocidade pela saída da fazenda. Aqueles caipiras eram lerdos demais e nem tinham notado minha saída, provavelmente só descobririam que eu não estava mais ali quando eu e josh já estivéssemos bem longe dali.

Senti meu estômago se revirando com a possibilidade de encontrá-lo logo, mas mais do que isso, uma chama de animação tinha se acendido dentro de mim, mandando aquela depressão pra longe. Eu nunca tinha sido do tipo que bancava a rebelde, mas assim como uma criminosa perigosa, eu estava fugindo.

(3 horas depois..)

Eu não fazia ideia de pra onde estava indo, e foi aí que apareceu o primeiro problema em meus planos: eu não sabia onde o josh estava. Aquela era uma cidade pequena, mas era grande demais pra eu sair dirigindo pelas ruas a procura dele. Parei o carro em uma esquina, cruzando os braços em meu peito, frustrada.

Aquilo não ia funcionar, eu teria que voltar pra fazenda e perguntar á Pattie digo Úrsula, sua mãe, se ela sabia pra onde ele tinha ido. Porém, eu sabia que se voltasse e silvio me visse, meu plano de fugir com josh estava arruinado.

Suspirei pesadamente. Aquele não era o jeito que eu tinha planejado de passar a noite, perdida na cidade e mais sozinha do que nunca.

Pensar em estar nos braços dele fez um sorriso fraco se formar em meus lábios. Nunca tinha me imaginado amando josh... Na verdade, nunca tinha imaginado amando qualquer cara.

Era estranho isso, quase não me sentia eu mesma, mas não me importava. Gostava demais daquela sensação pra lutar contra meus sentimentos. Eu sabia que era ridículo estar  apaixonada logo pelo o Josh

Dirigi pela cidade por mais alguns minutos, sem rumo, até que me lembrei de uma coisa. Noah. Eu sabia que ele não estava falando comigo e que não era o maior fã de josh, mas eles se conheciam há anos e noah provavelmente sabia onde ele podia estar.

Nós tínhamos nos aproximado muito nas últimas semanas, por isso sabia onde seu apartamento ficava, então pisei no acelerador e dirigi pra lá o mais rápido possível. Se noah falasse, eu logo estaria com o josh, e então nós poderíamos ir pra longe daquela cidade estúpida.

Parei o carro no estacionamento do pequeno prédio do noah e corri pra dentro do mesmo, subindo dois lances de escada até o segundo andar. Andei até a última porta do corredor e bati três vezes, esperando alguns segundos antes de começar a bater novamente. Será que ele estava dormido?

O Caipira - Beauanyحيث تعيش القصص. اكتشف الآن