O Caipira - Beauany

Capítulo 54

(...)

– Sinto muito, eu só... – me afastei o suficiente pra olhar em seus olhos. Aquilo não foi uma boa ideia. Perdi a fala assim que nossos olhares se encontraram e engoli em seco, apertando-a mais forte.

Todo o autocontrole que eu estava usando foi para o inferno naquele momento, tudo o que eu queria era arrancar as roupas dela e amá-la de todas as formas possíveis bem ali, na sala.

Eu nem tinha parado pra observar a Any antes, mas agora meus olhos acompanharam toda sua silhueta. Ela usava um vestido que ia até a metade de suas coxas, realçando todas as suas curvas, e apesar de eu acha-la um pouco mais magra, ela ainda continuava perfeita.

Seus olhos me encaravam, completamente intensos e cheios de surpresa... Ah, como eu sentia falta daqueles olhos! Seus lábios, completamente beijáveis do mesmo jeito que eu me lembrava, me chamaram e me atraíram pra cada vez mais perto, até que nossos rostos ficaram a poucos milímetros de distancia.

Acariciei a bochecha dela com um de meus polegares, sentindo sua pele macia e delicada sob meu toque.

– Eu te amo tanto minha morena– sussurrei, colando nossas testas enquanto any fechava os olhos. mas aproveitei aquele momento pra levar meus lábios até os dela, selando-os.

No começo, nosso beijo foi apenas aquilo. Apenas o toque suave de nossos lábios, quase como se aquele fosse nosso primeiro beijo, mas logo senti a necessidade de ter mais daquilo me tomando.

Segurei firmemente a nuca da any, enroscando meus dedos em seus cabelos, correndo minha língua por seu lábio inferior, pedindo passagem. Ela hesitou, ficando tensa em meus braços, mas meu aperto em sua cintura fez ela relaxar e logo ela entreabriu os lábios, segurando minha blusa e me puxando pra mais perto.

Eu queria ser delicado e mais romântico, mas simplesmente não conseguia. Minha necessidade por ela era muito maior que qualquer outra coisa, eu precisava daquele beijo, precisava senti-la novamente.

O beijo que tinha começado como se fosse o primeiro, foi se desenrolando como se fosse o ultimo. Nós nos agarrávamos, tomando a boca um do outro com vontade, nossas línguas conflitando de maneira completamente sincronizada. Aquilo era certo.

Nem parecia que tínhamos ficado separados por meses, ainda nos encaixávamos perfeitamente.

Agora não tinha mais nenhum espaço entre nós, parecia que tínhamos nos fundido, como se, naquele momento, fossemos um só, de corpo, alma e coração.

Acho que contra a vontade de nós dois, fomos encerrando o beijo com vários selinhos. Não sei quanto tempo ficamos nos beijando, mas meus pulmões pareciam estar em chamas, prontos pra explodir.

Colei nossas testas e encarei seus olhos que também me fitavam atenciosamente, ficando em silêncio e tentando acalmar nossas respirações que se confundiam e se misturavam quando se encontravam.

Não liguei pra isso e antes que any me expulsasse dali, a beijei novamente, só que dessa vez dando inicio a um beijo mais calmo e cheio de saudades, só pra aproveitar o momento de estarmos juntos.

– Senti falta disso – disse quando consegui controlar minha respiração o suficiente pra falar.

– Eu também – any suspirou e selou nossos lábios demoradamente, provavelmente querendo prolongar o momento, assim como eu.

Percebi que estava corada de vergonha e seus lábios agora estavam muito vermelhos, o que me fez me perguntar se eu tinha a beijado com muito desespero... Ah, que seja, eu precisava daquilo e sei que ela também, afinal, eu não deveria estar muito diferente dela.