Capítulo 48

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(..)

Não sei dizer o que aconteceu depois que meu cérebro processou as palavras da sabina, pois meu mundo simplesmente rodou. Só podia ser brincadeira.

Aquilo não podia estar acontecendo, não comigo, de jeito nenhum, eu simplesmente me recusava a aceitar. Era impossível. Já fazia algum tempo desde que eu havia estado com ela, fazia tempo.

Mil pensamentos davam nós em minha cabeça enquanto eu tentava fazer as contas, arrumar um jeito de provar que aquilo era besteira, mas era inútil.

– Você está bem? – sabina perguntou, fungando e franzindo a testa para mim – josh? – ela estalou os dedos na frente de meus olhos, despertando-me de meu momento de pânico interior.

– E-Eu... – gaguejei, tentando encontrar as palavras que no momento me fugiam – Não sei.

– Você me odeia?

– Um pouco – confessei, correndo os dedos nervosamente por meus cabelos, desejando acordar logo daquele pesadelo.

– Eu sabia que isso iria acontecer – Ali abaixou a cabeça, suspirando e começando a chorar novamente, dessa vez, porém, sem toda aquela histeria – Por isso eu não queria te contar.

– Queria que não tivesse contado.

– Está vendo? Essa vagabunda está carregando um filho seu – o pai de sabina voltou a falar, me fazendo revirar os olhos e trincar o maxilar.

O clima já estava tenso ali, eu não precisava daquele desgraçado colocando mais lenha na fogueira.

– Não dá pra saber se é meu – murmurei, respirando fundo e tentando me acalmar.

– O que quer dizer com isso? – ele perguntou.

– Pergunte á Sabina e saberá que não fui o único homem com quem ela dormiu – arqueei as sobrancelhas e o olhar de todos ali se voltaram para sabina

– Você está duvidando de mim josh?

– Só estou dizendo que não dá pra ter certeza!

– Josh! – sabina choramingou, soluçando – Você é o único homem com quem eu estive nos últimos meses, eu juro, esse filho é seu.

– Não pode ser – neguei, sentindo um nó se formar em minha garganta.

– Pode, sim – ela se aproximou e acariciou meu rosto, sorrindo – Nós vamos ter um bebê.

Prendi a respiração enquanto o pânico me dominava mais uma vez ao ouvir aquilo. Se eu fosse acordar do pesadelo, era melhor que fosse naquele exato momento.

– Vocês vão ter uma criança, é verdade, e por isso vão se casar – o pai de sabina falou, fazendo com que todos o encarassem, espantados.

– O que? – perguntei, rindo sem humor – Até parece que vou me casar com ela – bufei.

– Se você não fizer isso, moleque, eu te mato – ele avançou pra cima de mim, me segurando pela gola de minha camisa, ficando cara a cara comigo.

– Ei, se acalme – silvio se colocou entre nós, falando suavemente enquanto me empurrava para trás – Nós vamos resolver isso, certo? O garoto apenas está nervoso, essa é uma notícia e tanto.

– Uma ova! – Pau da sabina gritou – Se ele teve capacidade de fazer o filho, pode muito bem lidar com isso.

Estou dizendo Silvio , se não houver casamento, haverá o funeral desse bastardo – ele cuspiu, me lançando um olhar mortal.

O Caipira - BeauanyWhere stories live. Discover now