Novos Rumos

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"Voltei!" - Naruto anunciou sua chegada com entusiasmo, sendo recebido pelo sorriso calmo do noivo que o esperava no sofá.

Ele tinha acabado de levar os dois filhos menores até a Academia. Normalmente não seria necessário, outras crianças costumavam ir sozinhas, mas pra Katsuo era sempre importante que algum ninja estivesse por perto, ele ainda poderia ser um 'prêmio cobiçado' por muita gente. Já na Academia ele estaria sob os olhares de shinobis experientes como Shino, Iruka e Anko, o que podia deixar seus pais calmos.

E, claro, era incomum que o hokage só fosse levar o filho à escola e voltasse pra casa como se não tivesse mais nenhum outro compromisso. Naruto tinha tirado mais um dia de folga. Na verdade ele estava sem trabalhar fazia quase uma semana – e aqueles dias estavam clareando sua mente de uma forma que jamais imaginaria antes. Desde que Sasuke foi pro hospital, Naruto tirou um tempo pra cuidar dele e ajudar Sakura e Tsunade com as pesquisas sobre o método que Orochimaru tinha indiretamente indicado. Shikamaru o cobria em todos aqueles dias, sendo uma espécie de 'vice' e tendo o aval do próprio nanadaime.

Naqueles dias também, Naruto estava tão entusiasmado com as novidades trazidas por Sakura e esperançoso sobre o futuro de Sasuke que não houve um momento sequer em que parou pra ouvir os comentários das pessoas. Não se preocupava com jornais, conselheiros, fofocas na rua. Sua vista tinha se nublado pra todo resto e a única coisa que tinha sua atenção era aquilo que realmente importava: salvar a pessoa que amava e passar mais tempo ao seu lado.

Depois de quase sete dias corridos no hospital, Sasuke finalmente tinha voltado pra casa, se sentindo um pouco melhor e com novas esperanças. Ainda existia medo em seu coração, porque ainda existia a possibilidade do fracasso, mas podia dizer que estava bem mais aliviado. A forma positiva como Naruto lidava com tudo acabava o abraçando também e ele se via envolto naquela aura brilhante e otimista que o loiro tinha.

Os dias no hospital não foram tão tediosos quanto poderiam. Parte deles ocorria entre exames novos e conversas importantes sobre como Orochimaru poderia ter feito o que fez, e a outra parte acontecia na presença de pessoas amadas, o que diminuía um pouco o estresse e a preocupação. Katsuo, Sarada e até mesmo Boruto eram visitas recorrentes, além do próprio Naruto, claro, que não saiu do seu lado por nenhum dia sequer. Existiam também as situações desesperadoras em que mais e mais sintomas se manifestavam, mas as crises felizmente diminuiram conforme o tempo passou. Depois daquela semana longa, finalmente tinha sido dispensado pela equipe médica, que agora se concentrava em encontrar respostas.

Sakura, Shizune e Tsunade encabeçavam a equipe de pesquisa, junto com Katasuke, biólogo especialista, e outros ninjas médicos e cientistas. Katsuo não se tornou uma cobaia laboratorial como Sasuke temia, ele apenas precisou ceder algumas amostras aos pesquisadores – e fez isso sem dar nenhum trabalho, sabendo perfeitamente que era importante pra ajudar seu papá doente. Sarada também foi testada, a fim de descobrir qual era o estágio do tal problema na Uchiha mais nova.

E, quando Sarada era o assunto, ela sempre surpreendia por ser madura e tranquila demais em situações de perigo ou desespero. Quando soube da condição de seu pai, obviamente foi tomada pelo medo e tristeza, mas não demorou a se mostrar presente, como o apoio que Sasuke precisava. Sarada não estava preparada pra perdê-lo, mas também sabia que não podia gastar o precioso tempo pensando em possibilidades. Quando soube da nova oportunidade que o Uchiha teria através dos estudos com Katsuo, seu olhar pode voltar a brilhar e a menina se encheu de esperança. Feito o nanadaime que era sua inspiração, tinha aprendido a esperar pelo melhor.

As novas esperanças estavam por todo lugar. Ao contrário de quando via os primeiros testes e acabava em total desanimo, Tsunade estava sentindo um futuro promissor em seu novo trabalho. Sakura era inteligente e dedicada, descobria um pouco mais a cada dia e era impressionante vê-la trabalhando. Seria muito mais fácil se pudessem colher informações diretamente na fonte, mas recorrer a Orochimaru outra vez tinha se tornado a última opção. Se o próprio sannin tivesse que trabalhar no caso, as coisas se tornariam um grande problema diplomático. No entanto, suas dicas superficiais tinham sido muito claras e suficientes.

ImprevisívelWhere stories live. Discover now