49| Descontrole

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— Então, como símbolo de união entre meu amado país, Galadult, e meu novo lar, Pandora, eu, Princesa Miranda Ava Moor de Galadult, aceito a união através do matrimônio com o Sr. Carter Johnson — pronunciou Miranda, olhando para Carter.

Ela caminhou até o cerimonialista que segurava uma concha grande que armazenava um líquido alaranjado e cintilante. Em seguida, banhou dois dedos na concha e marcou a testa de Carter com o líquido, simbolizando a união entre os espíritos dos dois.

— Sendo assim, como símbolo de união entre meu amado país, Pandora, me torno príncipe em nome de minha esposa, a Princesa Miranda Ava Moor de Galadult, e eu, Carter Johnson, aceito a união através do matrimônio. — Carter fez o mesmo que Miranda.

Depois do ritual, o povo aplaudiu e enquanto o novo casal caminhava de braços dados a caminho da saída, eles beijavam uma rosa branca que foi dada na entrada do salão para simbolizar a paz e a aceitação da união.

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Seguimos para o Salão Principal, que estava decorado com flores coloridas e tapeçarias lindas.

A primeira música e dança, foram dedicadas aos noivos. Uma melodia calma e alegre ecoava por todo salão, enquanto nós, os convidados, observamos o casal deslizar pela pista de dança. Eles rodopiavam; o vestido de Miranda parecia voar juntamente do ar, em um movimento único.

Tentei aproveitar um pouco da festa, portanto, fui até a mesa com um belo banquete e planejava me estabelecer por alí. As comidas estavam muito boas, em geral eu realmente gostava da culinária de Galadult, comidas leves e bem temperadas, e apimentadas também, contudo, a culinária de Pandora era excepcional. Tínhamos as melhores carnes, banhadas em molhos com especiarias, e também tínhamos vários tipos de arroz. Meu prato favorito era chamado Kalarmar, consistia em um arroz misturado com cenoura, pimenta e azeite, frango caramelizado e purê de tomate. Também estavam servindo outros pratos como o Tessarr, que consistia em cebola caramelizada e empanada, acompanhada de molho de queijo e molho barbecue. O Yamair, um prato de carne de porco cozida e macarrão com vegetais e molho de azeite com orégano, e por fim, o Finmae, couve de Bruxelas com salmão cozido e empanado dentro, temperado com molho picante e sementes de gergelim preto.

— Joy! Finalmente te achei, pensei que já tivesse ido embora — disse Miranda se aproximando.

— Ah, olá Princesa Miranda. Está aproveitando a festa?

— Sim! Está tudo perfeito, parece um sonho. E você, está gostando? Pelo visto as comidas te agradaram, já que está comendo bastante. — De fato, haviam uns cinco pratos diferentes em minha mesa. Era impossível resistir a tantas gostosuras — Carter que escolheu grande parte do cardápio, vejo que ele acertou em cheio — prosseguiu.

Uau, que surpresa!

— Não tenho palavras, está tudo realmente bom.

— Fico feliz que está gostando! Preciso falar com alguns membros da minha corte, mas não desapareça de novo, quero conversar mais com você — avisou ela.

— Pode deixar, não sairei de perto do banquete nem tão cedo — digo. Era verdade em parte, realmente não pretendia sair dali, mas também tentaria evitar Miranda ao máximo.

Após a Princesa deixar minha mesa, Ben chegou com outros dois pratos, e bebidas. Passamos parte da noite apreciando pratos e estufados. Em certo momento, não estávamos mais tão sóbrios, contávamos piadas bobas e sem graça mas gargalhávamos alto. Também jogávamos verdade ou consequência, um joguinho bobo porém muito interessante quando bêbados. Consistia em Ben me perguntar coisas aleatórias e sem noção, e caso eu responda eu bebo mais um copinho do líquido azul metálico chamado Licor de Céu Estrelado, que desce queimando pela garganta. Caso eu passe a pergunta, devo beijar Ben, e vice e versa, caso ele responda, um drink, caso ele passe, um beijo. Fácil. Eu gostava de beijar Ben, ele era meu amigo, mas, ele também era atraente, então, tudo bem. Tínhamos feito isso algumas vezes, lembro-me de brigar com ele por ter feito isso quando estava desmemoriada, e de fato, eu tinha um romance com Carter e aquilo era incoveniente, mas, agora não tinha nenhum problema. Estávamos aproveitando o momento e eu gostava daquilo. Em geral lidávamos bem com isso, com a nossa amizade, raramente nos questionávamos sobre isso, era divertido.

Deadly Mirrors - 1° Rascunho - CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now