|Aviso prévio: ATENÇÃO, este capitulo pode conter cenas insensíveis e/ou delicadas.|
De novo. Sinto que estou naquele pesadelo, de novo.
A angustia e ansiedade tomam conta de mim, me apavorando e agindo como uma anestesia.
A visão turva e a sensação de que meu quarto estava virando do avesso fazia meu corpo estremecer.
Estava lutando a dias para segurar o choro só de pensar nesse terror de novo. Não importa o quanto de remédio para dormir tranquila eu pegasse na enfermaria, esse pesadelo sempre aparecia, como um intruso, um aviso, como um tiro.
A qualquer momento aquela sombra vai entrar pelo meu quarto, gritar meu nome e me encontrar. Vai segurar minha garganta com tanta força e vou perder a consciência.
O frio e o ar gelado poderiam congelar um copo de água apenas por estar ali. Apenas conseguia ouvir a lareira crepitando a madeira sem sucesso e o relógio batendo: tic-tac-tic-tac.
Da cama, é possível ver um menino, talvez com pouco menos idade que eu, um ou dois anos mais novo, tentando ascender novamente a lareira. Quando pergunto seu nome ele olha para o lado esquerdo, o oposto a porta. Vejo meus pais caídos no chão ensanguentados, com olhos arregalados como se o último suspiro fosse implorado.
A imagem me apavora, devora minha mente de forma voraz e fico atordoada.
Ouço gritos estremecidos. Quero gritar também, correr e me esconder, mas não consigo. Parece que estou presa a cordas invisíveis.
Agora, temo pela minha vida, não deixo escapar um suspiro, apenas sinto as lágrimas desapontarem do meu rosto e consigo sibilar: " papai, mamãe".
Quando o garoto olha para a porta, a sombra entra e fico em choque. Ela avança bruscamente e quando imploro socorro através do meu olhar para o menino, ele está morto também.
A sombra se enfurece e avança mais ainda até mim. Não consigo me mexer muito, apenas recuo um pouco e atinjo a cabeceira da cama.
A mesma me puxa pelo pescoço e o ato dói muito, ela me encara com seus olhos vazios e sem assustadores, aperta mais meu pescoço e não consigo mais puxar o ar.
— Por favor, me deixa ir — sibilo. — me deixa acordar — imploro.
Ela não hesita em me sufocar mais, a fim de me matar. Perco as forças e não sinto mais o ar em meus pulmões.
Apenas as lágrimas descem. Olho para o lado e vejo todos a minha volta mortos.
Por fim ela sai do quarto, mas não sinto mais nada.
°°°
— Joy, Joy acorda — ouço alguém chamar.
Levanto num susto e passo a mão no pescoço por impulso.
Olho para um lado e para o outro, procurando os meus pais e o menino.
Vejo Ben sentado na minha cama, me encarando preocupado.
— Ainda bem que é você — digo o abraçando forte.
— Vim buscar o casaco que Kimmy esqueceu aqui, e pediu, mas vi você chorando e gemendo na cama e decidi ver se estava tudo bem — explicou ele.
— Deixei a porta aberta? — seco as lágrimas.
— Sim, mas está tudo bem?— pergunta.
— Uhum, foi só um pesadelo, nada demais — forço um sorriso.
— O.K. — fala Ben, soando desconfiado.
Nos afastamos e o acompanho até a porta.
— Boa noite, Ben — digo.
— Boa noite, Joy.
O entrego o casaco e fecho a porta, dessa vez giro a chave, trancando-a.
Inspiro fundo e agacho escorando o corpo na parede.
Sinto as lágrimas de novo e afundo o rosto no joelho.
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DU LIEST GERADE
Deadly Mirrors - 1° Rascunho - CONCLUÍDA
Fantasy- Deadly Mirrors - Atravessando Espelhos |CONCLUÍDA| [PLÁGIO É CRIME!!] Sobre a obra: Um drama envolvendo política e família, triângulos amorosos e juras de vingança? Sim, você definitivamente está no livro certo! Bem, este é um típico thriller on...