Já era noite e fiz como Carter recomendou.
Desci para o hall principal da embaixada e logo me ajudaram com as malas.
— Aqui, pode levar essa, é a ultima — aviso a um dos seguranças que me ajudava.
Assim que ele sai, vou até um dos muitos motoristas dispostos a levar qualquer um da embaixada para qualquer lugar.
Entro no carro.
— Boate Celeste, por favor — digo o endereço e saímos em seguida.
Com sorte, não seria identificada por ninguém.
Coloquei um sobretudo, uma echarpe cobrindo pescoço e cabeça, e óculos escuro. Praticamente tudo era preto, o que facilitaria me mesclar as sombras.
Chegamos na boate e vejo uma fila enorme do lado de fora.
Pessoas vestidas com roupas muito chamativas e de todas as cores possíveis, eram fotografadas por paparazzi.
Era tanto exagero, que nem precisavam de luz no local, a propria roupa das pessoas já fazia o trabalho de refletir luz.
Ultrapassei todo tumulto e cheguei até o a mulher que controlava a entrada. Fiz como Carter pediu, apenas abaixei o óculos e a moça logo mudou o semblante.
— Joyce Ayales. Por favor, seja rápida — peço a moça, que me entrega uma credencial VIP.
Coloco os óculos de novo e dou um breve sorriso.
A música alta, pessoas dançando e garçons oferecendo bebidas coloridas estão por toda parte. De fato é contagiante, mas não para mim. Preferiria mil vezes estar no meu quarto conversando com Kimmy, ou explorando os milhões de lugares na Embaixada.
Subo para o segundo andar e procuro a porta azul que Carter tanto mencionou. Acho a mesma e fico parada ao lado dela. Agora é só esperar.
— Joy?— ouço uma voz familiar.
— Carter? — abaixo os óculos, para que ele possa me ver.
Ele levanta levemente o capuz e faz um sinal para segui-lo.
Bem, qualquer pessoa que tentasse nos seguir teria desistido.
Fomos pelo centro da pista de dança, e depois entramos numa sala.
Estava escuro, então precisei tirar os óculos.
Enfim saímos da boate pelos fundos. Subimos uma escada externa, que aparentemente levaria para o topo do prédio.
Chegamos no terraço e finalmente posso tirar a echarpe. Carter faz o mesmo e tira o capuz.
— Mirabolante seu plano de vir até aqui — afirmo e ele ri.
— Vinha aqui quando queria respirar, longe dos problemas da embaixada — conta.
A vista era incrível.
— Parte amanhã, não é? — pergunta, já sabendo a resposta.
— São só alguns meses, passa rápido — tento ser otimista.
Ele segura minha mão e continuamos a observar a noite sobre nós.
— Por que raios, a Primeira Dama decidiu te enviar para lá? Afinal de contas, você nem fala hyntzkii — fala.
— Hyntzkii ? — pronuncio com dificuldade, tropeçando nas letras.
— Sim, a língua falada em Conrad, no sul do continente.
— Ah.
— Ela é sua tia, não é — minha vez de perguntar, já sabendo a resposta.
— Sim.
— E você falou com ela? Sobre mim? — perguntei.
— Não, isso levantaria suspeitas.
— Tem razão. Enfim, vamos aproveitar esta linda noite. Tenho até o amanhecer — digo sorrindo.
— Pois então, não vamos partir antes do primeiro raio de sol surgir — diz, sorrindo e em segida me beija.
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Deadly Mirrors - 1° Rascunho - CONCLUÍDA
Fantasy- Deadly Mirrors - Atravessando Espelhos |CONCLUÍDA| [PLÁGIO É CRIME!!] Sobre a obra: Um drama envolvendo política e família, triângulos amorosos e juras de vingança? Sim, você definitivamente está no livro certo! Bem, este é um típico thriller on...