40| Lar, novidades e noivados

9 3 1
                                    

Estávamos sentados em um banco no deque do barco salva-vidas. 

— Nome — pediu um homem, com uma prancheta em mãos.

—Joyce Ayales Taguchi — digo.

Ele se espanta.

— Não é possível, ela está na Embaixada — afirmou.

— Sou eu — repito.

— Venha comigo — solicitou.

— Já volto. — Erick acena com a cabeça.

Fiz alguns cadastros, biometrias e tiveram que fazer o reconhecimento facial diversas vezes até crerem que era realmente eu.

Voltei para o deque.

— Vamos Erick, finalmente vamos  para casa — digo.

Um barco particular nos levou até a costa. Seguimos para a embaixada de carro.

°°°

Não conseguia acreditar que finalmente estava voltando para casa, era reconfortante. 

As maletas se perderam no oceano, incluindo o globo de neve, talvez fosse um sinal de um recomeço.

O ar era de ano novo, as decorações nas ruas já eram diferentes. Poucas construções mantiveram os painéis tecnológicos dourados e vermelhos.

Chegando na porta da embaixada,  pude notar uma breve diferença. Haviam mais carros, e seguranças.

— Está tendo algum evento? — perguntei ao motorista.

— Não senhorita, é a comitiva de Galadult. Chegaram no inicio do mês, parece que vão ficar por um tempo — respondeu.

— Ah.

Erick estava dormindo. Ele estava exausto e eu também.

— Chegamos, Erick — o chamei.

Desembarcamos.

Avistei Kimmy no corredor, juntamente de Julian. Ela me viu, e corri em sua direção.

— Joy? — Disse ela, me abraçando.

— Que saudade. Eu pensei que nunca mais fosse voltar, literalmente — digo.

— Fizeram alguma coisa com você? — pergunta, tocando meu rosto.

— Não. Mas, fugir de lá foi uma missão e tanto. Te conto depois, eu preciso descansar.

— Você fugiu de lá? Como? — questionou.

— Uma longa, longa historia. Erick me ajudou, ele veio comigo. — Trago ele para perto.

— Julian, providencie um quarto para ele — pediu Kimmy.

— Com certeza, por aqui. — Chamou Julian.

— Te vejo mais tarde — digo a ele.

Eu e Kimmy fomos para meu quarto.

— Isso tem cheiro de lar — digo.

— Vou preparar a banheira — avisou.

Assim que entrei naquela água quentinha, me senti viva novamente.

Deadly Mirrors - 1° Rascunho - CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now