24 - O CORAÇÃO DO DESERTO (+18)

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(MISHA & AHADI ART)

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(MISHA & AHADI ART)

Ahadi estava parado diante da porta dos aposentos reais, a garganta seca, tomando coragem para entrar. Se tinha sido humilhante ouvir verdades de Gustav era assustador encarar Misha, se ele não o perdoasse seria o fim da felicidade que o destino havia lhe dado. Não suportaria ser odiado pelo esposo, não suportaria ser o causador de uma briga e uma dor no peito se instaurou quando ele lembrou que tecnicamente Misha ainda era virgem, não havia sido violado, e como tal o casamento não tinha sido consumado nas normas sulistas, uma anulação não era impossível. Ele puxou o ar pelas narinas e abriu a porta, sem coragem alguma. Ahadi mal tinha entrado quando viu a coroa de Misha voar em sua direção, teve tempo apenas de se esquivar e ver a peça bater contra a parede.

— Você ficou louco! — Gritou, Misha estava descabelado no outro lado do imenso aposento, jogou um vaso na direção do moreno que desviou.

— Amor! — Ahadi gritou ao se esquivar de uma cadeira que Misha jogou em sua direção, mas ele não tinha força o suficiente para fazer o objeto voar com força até ele.

— Não me chame de amor, — O loiro gritou furioso jogando os cabelos e procurando outro objeto para jogar em Ahadi. — Nunca mais me trate como uma criança!

— Me desculpe.

— Não chegue perto! — O loiro gritou quando Ahadi andou em sua direção.

— Você vai se machucar. — Ahadi falou baixo.

— Como ousa me expor ao ridículo na frente dos guardas?

— MISHA! — Ele desviou do vaso de cristal que se partiu ao milhares ao bater na parede. — Me desculpe.

— Seu idiota, você estragou tudo, tudo. — Misha não achava mais nada para jogar nele, bufava de raiva. — E eu te preparando um presente!

— Libélula…

Foi então que o behati andou em sua direção, com a face vermelha, cheio de raiva ele elevou a mão e deu um soco no rosto de Ahadi, mas ele era muito alto então o golpe acabou por bater no peitoral do rei que mal sentiu o impacto mas Misha sentiu seu punho doer, os dedos com se tivessem batido numa pedra.

— Aí! — O loiro se encolheu segurando a mão dolorida. — Desgraçado.

— Deixa eu ver, eu disse que iria se machucar.  — Ahadi ficou nervoso, tentou ver sua mão mas ele não deixou.

— NÃO ME TRATE COMO FRACO! — Esbravejou. — Seu idiota ciumento.

— Me desculpa. — Ahadi ficou em coque ao ver os olhos vermelhos do marido, ele queria chorar. — Eu, Eu fiquei com medo de você se interessar por um homem mais inteligente.  Mais culto, mais refinado, com os gostos iguais ao seus.

— Eu estou bravo. — O loiro baixou o tom, a voz manhosa de choro e a primeira lágrima caiu de sua face. — Muito bravo.

— Eu sei. — Ahadi suspirou, ele se aproximou e como Misha não se afastou sentiu-se confortável de o abraçar.

OS TRÊS PRÍNCIPES (Romance Gay/MPREG) Where stories live. Discover now