15- SEDUÇÃO PÚRPURA

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Naquela manhã quase todos os soldados estavam ou de ressaca ou caídos bêbados em seus aposentos, Xênia estava impaciente pelo pátio quando Thaigo surgiu de uma das largas portas de madeira. Diferente dela, Que usava seu habitual traje de couro que destacava seus músculos, ele usava uma roupa de veludo luxuosa negra muito incomum para seu gosto.

— Bom dia, — Ela olhou o irmão de cima a baixo enquanto segurava sua espada. Se ela pensou que o irmão poderia ser um companheiro de treino aquela roupa anulava seus planos. O cabelo estava mais alinhado e a barba melhor feita, Xênia soltou um risinho quando o irmão estava próximo de si. — Mamãe morreu e você virou rei?

— O que ? — Os olhos azuis gélidos a fitaram confusos. — Como assim.

— Está arrumado, — Ela aproximou-se dele e puxou o ar sentindo o cheiro do óleo de pós banho. — Isso é lavanda? — Soltou uma gargalhada. — Bom dia milady.

— Só não lhe dou um chute nas bolas porque não as tem. — Retrucou sério diante da irmã que gargalhava.

— Me desculpe, — A princesa bruta disse com a mão sobre a barriga. — Porque tanta arrumação, Afinal?

Thaigo suspirou calmamente, Teria de admitir o motivo da arrumação para sua irmã.

— Ainda não mudei-me para os aposentos de meu esposo por completo, — Admitiu, Xênia não fazia ideia da intimidade do irmão no quesito sexual já que ele tinha partido muito rápido para reprimir os rebeldes depois do casamento. — O farei hoje depois do banquete aos soldados.

— Ah, — Ela ergueu uma sobrancelha. — Por isso os baús indo em direção a torre da uva.

— Torre do que ?

— Assim que os servos chamam a torre onde seu marido se acomoda, — Xênia colocou a ponta da espada no chão e se apoiou sobre ela como se fosse uma bengala. — Transformou o térreo numa casa de banho, O segundo andar numa pequena sala de baile, Ampliou os quadros das criadas e todos os guardas querem o servir pois os quartos estão luxuosos e com camas largas de carvalho.

— Uma pequena corte, — O sorriso no rosto de Thaigo era amarelo, Não sabia daquelas coisas e sentia-se incomodado. — Nasceu para ser consorte.

— Não deixe a velha ouvir isso. — Xênia Ironizou, Alexei usou de seu tempo recluso para recriar a atmosfera de Behat em sua torre. — Então pra que isso tudo?

— Meu marido tem dezessete anos, Preciso me tornar mais apresentável para ele. — Admitiu arrancando uma risadinha dela.

— Por acaso o ofendeu?

— Eu o insultei.
Xênia permaneceu em silêncio, contudo, levantou uma sobrancelha.

— Fizemos um pacto de proximidade, E depois o deixei lá — completou príncipe. — Fiquei sem graça, Afinal o que conversariamos?

— Sobre sexo?

— Não sei os gostos dele, — Thaigo estava ansioso e não admitia, Alexei o deixava nervoso e ansioso.

— Pelo bebê creio que goste de fuder. — A princesa respondeu ríspida.

Thaigo passou a mão pelo cabelo, fazendo com que algumas mechas mais curtas se
soltassem, e olhou para a leal irmã. — Sabe que eu nunca fui capaz de fazer isso.

— Isso o quê? — Xênia perguntou.

— Aderir a esse ritual de flerte.

— Talvez queira dizer esse ritual de conversar com seu esposo?

— É exatamente o que quero dizer. — Thaigo explodiu.
Perplexo diante do comportamento do irmão, Xênia manteve a voz calma e curiosa.

— E Alexei exigiu muito desse “flerte” antes que você adiasse se mudar por completo para sua torre?

OS TRÊS PRÍNCIPES (Romance Gay/MPREG) Onde histórias criam vida. Descubra agora