17- PRÍNCIPE INCOMUM

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(Misha)

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(Misha)

— Obrigado, Majestade. Agradeço sua hospitalidade — murmurou, um pouco ofegante enquanto o grande rei lhe guiava a grande entrada.

— Venha, então. Vou lhe mostrar meu palácio. — Ele fez um gesto magnânimo e abriu espaço pela imensa porta de ferro fundido com rostos de crianças esculpidos, Todas com uma expressão séria e de batalha.

— Há algum problema se Maila for conosco?

Em vez de responder a ele, Ahadi voltou a atenção para a serva tão pálida como Misha mas que soava mais como um escudo juramentado do que uma serva.

— Pode se juntar à seu senhor.

Sua voz tinha mudado outra vez, Misha notou. Agora ele parecia um rei-pai persuadindo a filha
tímida, Eles falavam com os servos com muito mais educação do que o comum. Sua expressão também suavizara, e o olhar intenso com o qual o havia estudado se fora. Parecia gentil e, repentinamente, muito mais acessível e compreensivo e muito menos assustador.
De algum modo, também parecia mais velho do que antes.

— Como quiser, Majestade — Maila respondeu com voz bruta, No fundo odiava aquelas cordialidades para com ela, Preferia a brutalidade. Quando passaram pelo corredor ele viu as pequenas criaturas andando pelo chão de mármore. Os gatos de Burgos eram reverenciados por diferentes razões. Apesar de cães serem valorizados por sua capacidade de proteger e caçar, os gatos eram considerados os mais especiais. Isso pois os burguesianos acreditavam que os bichanos eram criaturas mágicas, capazes de trazer boa sorte às pessoas que cuidavam deles. Para homenagear esses animais estimados, famílias ricas os vestiam de joias e os alimentavam com guloseimas próprias da realeza, E nos corredores do castelo alguns destes animais vagavam pelo chão de mármore como se fossem donos da fortaleza palaciana.

— Adoro gatos. E você?
A expressão radiante no rosto de Misha fez o membro dele pulsar sob a farda de couro e bronze. Que beldade olhara para ele daquele modo antes, Sem desejo ou interesse por sua posição real. Sentiu a boca seca e soltou o ar, Não podia negar que apesar de preferir homens musculosos aquele rapaz magricelo era atraente e desejado mas Ahadi tinha sentindo inúmeras vezes o preconceito dos reinos vizinhos, Mesmo sendo o rei sua pele acobreada era sempre motivo de olhares tortos no resto do continente mas os olhos azuis daquele loiro não tinham aquele tom de arrogância e superioridade.

— Não muito, — Misha admitiu para o espanto de todos, E Ahadi fechou o semblante diante daquela fala sobre os animais tão estimados superticiosamente.

— É normal não gostar do que não estamos acostumados. — Selim observou logo atrais deles tentando reparar o espanto de todos, Até mesmo dos criados que fitaram o loiro.
Seu tom era ainda paternal e um pouco condescendente.
Ahadi levantou uma sobrancelha.

OS TRÊS PRÍNCIPES (Romance Gay/MPREG) Where stories live. Discover now