28 - CORAGEM

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(Thaigo, Príncipe Herdeiro da Rubria)

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(Thaigo, Príncipe Herdeiro da Rubria)


    O  contigente de soldados do exército real da Rubria já havia marchado das regiões das montanhas até metade do caminho, chegando às planícies cobertas por neve, o inverno havia chegado plenamente e tudo à volta das tropas eram de um imenso e extenso branco. Os homens haviam feito uma pausa para encher as bolsas de água no grande rio, além de acender fogueiras para esquentar as sopas, um grupo de soldados se agrupava um pouco longe do rio quase congelado para se esquentar numa fogueira. 

— Dizem que o esposo do comandante é de uma beleza divina. — Um jovem pálido de dentes amarelos disse rindo, o assunto era como sempre sexual já que semanas marchando sobre a neve perto das montanhas impossibilitava namoricos nas áreas menos habitadas do reino, apenas alguns sortudos tinham namoros secretos entre as tropas. 

— Ouvi dizer que sua mãe faz poções e que encantou o rei behat. — Outro soldado enrolado em casacos de pele disse. 

— Quanta tolice, já vi o príncipe Alexei. — O mais velho de todos, que às vezes prestava serviços no castelo da rainha rompeu a conversa ríspido. — É apenas um rapaz galante. 

— Galante, sim, e encantador, e muito limpo. Sabe como se vestir, sabe como sorrir e sabe como tomar banho diferente das damas da corte que se enchem de jóias e perfumes mas não costumam conseguir disfarçar os odores. — Outro homem do círculo disse, arrancando risadas de todos. Era comum as piadas sobre a nobreza Rubria, o luto perpétuo da velha rainha fazia a etiqueta obrigar a todos usarem preto ou cores escuras o que fazia com que senhoras ricas ousarem em penteados, imensos casacos de pele, um uso excessivo de jóias de maneira quase teatral e um uso de perfumes em excesso, não sendo os perfumes Rubrios conhecidos como os melhores. 

A nobreza Rubria ostentava muitas jóias, mas a realeza detinha as jóias mais famosas e místicas. A corte real era uma das mais ricas de Estúria,  diamantes, rubis e safiras abundavam por todo o lado e criavam uma aura de superioridade, algo sobre o que embaixadores de outros reinos constantemente escreviam em seus relatórios depois de serem recebidos pelos monarcas Rubrios. 

A Coroa de todos os santos era o objeto mais antigo preservado de todas as realezas de Estúria, que tinham o costume de confeccionar coroas diferentes para cada rei que ascendia ao trono.  As placas de ouro da coroa eram decoradas com mais de 40 pedras, entre esmeraldas, safiras, rubis e pérolas, e a borda era feita de ferro bronze, alguns diriam que o rei que se coroa com bronze é um pobre rei mas o bronze e o ferro eram mais fortes do que o ouro e a prata, um lembrete de que o povo rubrio era o mais forte e bruto. Aquela coroa tinha vindo junto dos povos invasores, os homens que vieram de barco e colonizaram aquele continente sendo ela mais antiga que a própria Rubria.  Os reis Rubrios a usavam apenas uma vez na vida: quando eram coroados. Tinha sido usada pela última vez à 50 anos, na coroação de Dagmar.

OS TRÊS PRÍNCIPES (Romance Gay/MPREG) Where stories live. Discover now