07- COMO UM VIRGEM (+18)

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Já era de madrugada e uma neblina cobria a cidade que festejava banhada em vinho e cerveja dados de graça pela coroa, O cavernoso castelo dos ursos fervilhava como um formigueiro que além dos inúmeros guardas recebia mais de três mil e quinhentos convidados nobres locais e da realeza dos reinos vizinhos próximos. Os corredores do castelo estavam um pandemônio, Lotados, de homens e mulheres dançando, cantando, bebendo e flertando num carnaval de luxúria que fez os religiosos do castelo se agruparem na capela em oração para que aquela festa ficasse menos libertina. Ainda no grande salão Eyrin, Ao lado da tia Xênia que tanto era próximo, observavam Thaigo beber aleatoriamente além do normal.

- Ajude seu pai a subir, - Xênia falava levemente bêbada flertando com uma lady do outro lado do salão que a fitava discretamente ao lado do marido, Ela pensava num plano para puxar aquela mulher até algum canto escondido e se enterrar entre suas pernas e por isso empurrava o fardo de lidar com Thaigo para o sobrinho.

- Ela está acompanhada do marido, Tia. - Eyrin falou rindo.

- Se divertir com pessoas usando anel no dedo pode ser excitante meu querido. - Ela falou, Sem imaginar, que aquela frase fizesse Eyrin lembrar da noite que passou com Alexei e ele corou, Ainda podia lembrar do gosto de seu beijo e das nádegas pálidas dele. - Leve seu pai para o quarto ou ele ficará tão bêbado que acabará transando com um do cavalos. - Ao terminar de dizer aquilo ela deu um gole em seu vinho e levantou-se como um urso da floresta caçando alguma presa caminhando pesado para próximo da mulher que a poucos fitava.

Eyrin suspirou e olhou o pai que conversava com um grupo de mulheres que se ofereciam, Os seios fartos chamaram a atenção até mesmo dele enquanto se aproximava.

- Me permitem roubar meu pai? - As mulheres o fitaram de cima a baixo enquanto ele passava o braço envolta do ombro do pai que segurava um copo de vinho em uma das mãos. - Papai, Me pediram para lhe levar até seus aposentos.

- Mas já ? - Thaigo soltou um risinho enquanto dava um beijo no rosto do filho amado.

- Sim, Alteza.

- Alteza não, - Thaigo abraçou o filho, Cheirava a vinho tinto até mesmo no ar que soltava pela respiração. - Papai.

- Vamos papai, Por favor.

Deram ambos as costas para as mulheres sem antes Eyrin escutar de longe uma delas repreender a mais nova que olhava o moreno com desejo. - Não seja tola, Ele é bastardo não um príncipe.

Aquilo não o incomodava, Ser um bastardo, mas toda vez que estava entre a nobreza sentia-se inferior mesmo que sua avó fizesse questão de sua presença. Odiava a auto-piedade mas tinha de admitir que se fosse um filho legítimo sua vida séria, pelo menos socialmente, mais fácil. Já caminhavam pelo corredor quando a voz de Thaigo soou preocupada, O que não era incomum quando se tratava de sua mãe.

- Será que sua mãe está bem?

- Claro que sim, Meu pai. Ela tem estado muito bem nos últimos anos. - Eyrin falava enquanto soltava o corpo do pai de seus braços colocando-se apenas a caminhar pelo corredor de pedra iluminado por velas.

- Não sei de qual dos dois sinto mais pena.

- Como? - Fitou o pai confuso que dava os últimos goles no copo de vinho.

- Minha ou do jovem rapaz que me esperar no quarto.

- Pena? - Ele não pode conter a ironia ao questionar o pai. - Ele é um príncipe enquanto a maioria das pessoas vivem humildemente. O que mais ele pode querer?

- O amor do marido? - Thaigo disse mais para si mesmo do que para o filho.

- E porque diz isso.

OS TRÊS PRÍNCIPES (Romance Gay/MPREG) Where stories live. Discover now