30 - DESCONGELE SEU CORAÇÃO

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(EYRIN)

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(EYRIN)


Os Toros começaram a guerra confiantes, embora estivessem despreparados, e após o cerco à Samadria ousaram marchar com partes das tropas para a vizinha Galanta, o povo da Galanta estava bem armado e organizado e então resolveram atacar primeiro, cercando as cidades de Canarioblue, Kimberley e Mahikeng.
Frente a esses revezes, as forças de Toros modificaram sua estratégia e passaram a evitar grandes confrontos tradicionais contra o exército da Galanta, adotando técnicas de guerrilha, mergulhando as forças inimigas numa guerra sangrenta.

Embora o conflito em forma de guerrilha fosse custoso para os Toros, eles tinham recursos mais do que o suficiente para prosseguir com as hostilidades, o que causava espanto para todos já que Toros era um país pobre.

Enquanto isso na Samadria, a capital ainda não havia se rendido, fechando as suas muralhas o que deixou a cidade inacessível a alimentos, o que provocou a morte de milhares de pessoas em decorrência da fome e doenças. Ao longo dos dias os relatos que chegavam eram sobre o sofrimento da população sitiada para obter comida e água e o desespero em meio ao frio, epidemias e mortes. Pombos desapareceram das praças, caçados como alimento, assim como corvos e gaivotas; depois, ratazanas e animais de estimação.

Nos campos a população comum lutava contra o controle  Torino.  A luta no campo  então acabou virando um desgastante combate casa por casa; para punir os insurgentes samadrianos,  o exército de Hugo adotou uma política de terra arrasada, destruindo fazendas, queimando plantações e casas de plebeus, causando grande sofrimento para a população local, brutalizando a população civil por apoiar os guerrilheiros rebeldes. Os insurgentes lutavam sem uniformes, com roupas comuns, se misturando com os fazendeiros locais. Os Toros então tomaram diretamente as propriedades de tais fazendeiros e mandaram milhares de civis samadrianos, principalmente mulheres e crianças, para campos de trabalho, onde muitos acabavam morrendo devido a privações e doenças. Muitos que tentaram recuperar suas fazendas acabaram encontrando elas em situação lastimável e impraticáveis para trabalho agrícola devido aos danos causados pelos soldados que queimaram as plantações e jogaram sal no solo. A região mais fértil do continente estava arrasada, e o inverno já havia chegado.

[...]


Naquela noite as temperaturas caíram rapidamente e as fortes chuvas que caiam se transformaram em neve que quase congelava a grande muralha da cidade. Ninguém imaginava o que estava por vir. Com isso, as camadas de neve atingiram mais de 1 metro de espessura em média, estradas estavam bloqueadas sendo apenas possível andar a cavalo,  nem os bondes puxados por cavalos conseguiam rodar. Até os navios não podiam desatracar dos portos. O tempo estava excepcionalmente ameno pouco antes da nevasca, durante o baile com fortes chuvas que viraram neve à medida que as temperaturas caíam rapidamente. A tempestade começou para valer pouco depois da meia-noite e continuou inabalável até o amanhecer. Precisava ter coragem para enfrentar toda aquela neve e frio, a severidade do inverno rubrio era frequentemente associada às vitórias militares daquele país, apenas um louco invadiria o reino gelado para ver suas tropas morrerem.  Mas a notícia da queda da Samadria pelas mãos de Toros deixara a população no mínimo aflita, algo de podre cheirava entre a neve que caia. Mas para outros era um sinal de boa sorte, talvez como no passado a neve deixasse os inimigos dos ursos longe de suas fronteiras.

OS TRÊS PRÍNCIPES (Romance Gay/MPREG) Where stories live. Discover now